A palavra “suástica” deriva do idioma sânscrito e significa “boa sorte” ou “bem-estar”. É um símbolo místico em forma de cruz, cujas hastes têm extremidades recurvas ou angulares. A cruz de dois ganchos entrelaçados remonta a 5 mil anos e pode ser encontrada em diversas culturas, com vários estilos e significados.
Entre os budistas e hindus, representava felicidade, boa sorte ou salvação. Essa mesma cruz, com braços voltados para o lado direito, foi adotada como logotipo oficial pelo Partido Nazista de Adolf Hitler. Esse símbolo, que representava meditação e contemplação, foi transformado em sinônimo de destruição na Segunda Guerra Mundial.
Que contraste entre a suástica e a cruz de Jesus! Os primeiros cristãos se gloriavam na cruz de Cristo (Gl 6:14) porque ela revela “o poder de Deus” (1Co 1:18). Inventada pelos romanos, a cruz era o instrumento mais cruel de tortura na antiguidade. Muitos crucificados ficavam pendurados vários dias, sofrendo uma dor sobre-humana. Hemorragia, ossos quebrados, asfixia e câimbras faziam parte do repertório horrendo da crucificação, sem contar a presença de moscas, a zombaria e a vergonha extrema.
Os romanos reservavam a crucificação para rebeldes e os piores ladrões. Durante o cerco de Jerusalém, o general Tito crucificou tantos fugitivos da cidade que não se podia encontrar espaço para as cruzes, nem cruzes para os corpos. Os cidadãos romanos, a não ser em casos extremos de traição, estavam isentos da crucificação. Cícero mencionou: “Atar um cidadão romano é crime, chicoteá-lo é abominação, matá-lo é quase um ato de assassínio: crucificá-lo é – o quê? Não há palavras que possam descrever ato tão horrível” (John Stott, A Cruz de Cristo, p. 18).
Ao receber esse tipo de punição, Jesus chegou ao ponto final da condenação. Ele Se “tornou maldição em nosso lugar” (Gl 3:13). Mas por que Ele fez isso? Porque nos ama. Ele preferiu morrer a passar a eternidade longe de nós.
Enquanto Hitler manchou o significado da suástica, Jesus transformou o sentido da cruz. O que era morte tornou-se símbolo de vida. O que era derrota, Jesus transformou em vitória.