Atualmente, a mentira se espalha como um vírus. Ela encontra seus hospedeiros nos organismos propícios dos principais veículos de comunicação e das redes sociais, onde a mentira digitalizada recebeu o nome elegante de fake news. Essas notícias falsas ecoam as vozes de aproveitadores inescrupulosos, que habilmente manipulam os sentimentos e a fé das pessoas. E o resultado disso tudo é uma sociedade desconfiada.
É desconcertante saber que as mentiras se propagam com uma rapidez vertiginosa. Estudos apontam que as fake news são retweetadas em proporções alarmantes, são 70% mais compartilhadas do que as notícias verdadeiras. Enquanto isso, informações sobre acontecimentos reais, que merecem nossa atenção e compreensão, enfrentam uma árdua batalha para alcançar um público significativo, demorando seis vezes mais para chegar até 1.500 pessoas. Como se não bastasse, a famosa frase atribuída a Churchill adquire um sentido tristemente atual: “Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir.”
Essa pandemia de mentiras tem raízes profundas na história. Desde o início, a mentira foi o bandido de pernas curtas, porém velozes, que se infiltrou sorrateiramente em nosso planeta e nos fez reféns do pecado. Lembre-se de que o primeiro ato de desobediência, o primeiro pecado, foi incitado por uma mentira sedutora: “Certamente não morrerão” (Gn 3:4), disse a serpente a Eva.
É de suma importância que estejamos alerta e conscientes da perniciosidade da mentira, pois, embora possa parecer conveniente ou temporariamente benéfica, ela carrega consigo uma carga pesada de destruição e dor. A mentira mina as bases da confiança e corrompe a essência de nossos relacionamentos, desencadeando uma cascata de consequências que podem abalar toda a sociedade.
Lutar contra a mentira e seus efeitos devastadores sempre foi um dos objetivos do povo que proclama a verdade presente. De fato, a verdade pode doer, mas a mentira mata. Se você quiser viver, terá que se opor à mentira.