A obediência pode ter motivação correta ou errada. Por exemplo, podemos ser obedientes por medo de Deus, de uma pessoa ou de uma punição. Esse tipo de obediência não agrada a Deus.
Em Lucas 15, está registrada a história de dois filhos. O mais novo representa os que saem de casa em busca de prazeres mundanos. O mais velho representa os que trabalham duro para impressionar a Deus. Os dois filhos vivem longe do pai.
Vamos observar de perto o filho mais velho. Ele fez tudo o que um bom filho deve fazer. Ficou em casa, foi obediente, era trabalhador, dedicado, cumpridor de suas obrigações e respeitador das leis. Vivia para satisfazer as expectativas do pai. No entanto, ao voltar para casa e ver a alegria de seu velho pai pelo retorno do irmão, sua máscara caiu. De repente, ficou visível quem ele era: dissimulado, egoísta, ressentido, disfarçado de bom moço.
A principal preocupação de Jesus ao contar essa parábola era com os filhos mais velhos. Veja como esse filho usa sua obediência como arma para ferir o pai: “Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens” (Lc 15:29). Obediência formal.
No filme Adeus às Ilusões, o personagem de Richard Burton diz: “Mais vale a desobediência íntegra, do que a obediência hipócrita.” É isso mesmo. Mais vale o sujeito que diz: “eu não creio” do que alguns que aparentam ter uma vida piedosa mas não têm. É gente que vive uma fantasia religiosa. Alguns pensam que podem enganar Deus com sua obediência dissimulada. Pensam que seu serviço é a garantia de bênçãos.
O filho mais velho nunca entendeu a graça. Jamais a celebrou. Nunca desfrutou a companhia de seu bondoso pai. Esse filho não era feliz.
Deus quer sua obediência, porém o que Ele mais deseja é ter seu coração por completo. Junte-se ao Pai hoje e venha celebrar com alegria o retorno dos muitos pródigos. A festa é para você também!