Domingo
26 de fevereiro
ACOLHENDO O TEMOR DO SENHOR
Ele satisfaz o desejo dos que O temem; ouve o seu clamor e os salva. O Senhor protege todos os que O amam; porém todos os ímpios serão exterminados. Salmo 145:19, 20

Um estudo sobre a expressão “o temor do Senhor” na Bíblia revela alguns aspectos significativos: as palavras traduzidas por “temor” frequentemente trazem a ideia de respeito ou reverência, conforme o contexto em que ocorrem. Na Primeira Epístola de Pedro, por exemplo, seu uso pode se referir: (1) à reverência para com Deus (1Pe 2:17); (2) ao respeito que deve ser demonstrado pelos servos para com seus senhores (1Pe 2:18); (3) ao respeito que a esposa deve ter para com o marido (1Pe 3:1, 2); e (4) ao respeito que deve ser demonstrado pelos cristãos para com os de fora da igreja, quando estão transmitindo o evangelho a eles (1Pe 3:15, 16). Pode ser afirmado que, nas Escrituras, o temor do Senhor destaca reverência para com Deus.

Na Bíblia não há conflito entre o temor do Senhor e o amor a Deus. Na realidade, é necessário que essas duas atitudes coexistam em nosso coração. Assim, o maior dos mandamentos ordena: “Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração” (Dt 6:5) e, poucos versos depois, somos estimulados a temer a Deus: “Temam o Senhor, seu Deus” (Dt 6:13). O mesmo pode ser percebido no Novo Testamento. Paulo escreveu: “E assim, conhecendo o temor do Senhor, procuramos persuadir as pessoas” (2Co 5:11). Três versos depois, ele acrescenta: “Pois o amor de Cristo nos domina” (2Co 5:14).

A atitude de temer a Deus nos ajuda a aperfeiçoar nossa santidade (2Co 7:1). O temor do Senhor nos leva a aborrecer o mal – incluindo pensamentos, palavras t ações (Pv 8:13; Lv 19:14) – e ao mesmo tempo nos motiva a praticar o bem, o que é exemplificado no respeito aos idosos (Lv 19:32) e no sustento dos irmãos pobres (Lv 25:35, 36).

O temor do Senhor nos leva a um correto relacionamento com Deus e com os seres humanos. Isso é verdadeira sabedoria (Sl 111:10).

O temor do Senhor foi uma das marcas do verdadeiro Israel (Dt 10:12, 13), do prometido Messias (Is 11:2, 3) e da igreja primitiva (At 9:31). Caracteriza também o povo de Deus dos últimos dias, que, ao anunciar o evangelho eterno a toda a Terra, deve clamar: “Temam a Deus e deem glória a Ele” (Ap 14:7).