Segunda-feira
10 de julho
Acorde e ore!
Ouvi a voz de Alguém falando. Ezequiel 1:28

“Ore por seu pai.” A voz era clara e distinta. Eram 3 horas da manhã. Tentei ignorá-la e dormir, mas o sono não vinha. Orar por meu pai àquela hora da madrugada parecia absurdo, mas reconheci aquela Voz. Eu já O ouvira antes.

Deslizei para fora da cama da maneira mais silenciosa possível. Era urgente. Orei por meu pai com fervor. Intercedi por ele e pedi que Deus interviesse e o livrasse daquela situação, fosse qual fosse. Depois de mais ou menos uma hora de oração intercessória, voltei a dormir.

Na manhã seguinte, contei ao meu esposo aquela experiência incomum. Durante a devoção em família, naquela manhã, novamente oramos por meu pai.

Não foi muito tempo depois disso que a notícia chegou. Meu pai, um experiente homem do mar, havia saído em uma de suas costumeiras viagens de pescaria, tarde da noite, com meu irmão mais novo. Ele não só era um notável homem do mar, como também sabia fazer uma previsão exata do tempo. Dessa vez, porém, o tempo se tornara repentinamente instável, e o mar começou a ficar muito agitado, fustigado por ventos furiosos. O barco começou a se encher de água mais rapidamente do que eles podiam lançá-la para fora. Precisaram tomar algumas decisões relacionadas com a salvação da própria vida. Para aliviar o pequeno barco, lançaram fora, primeiramente, o resultado da pescaria da noite. O motor de popa foi o próximo a ser lançado ao mar. Dentro de pouco tempo, no entanto, o barco afundou a despeito de seus melhores esforços. Papai e meu irmão se agarraram a duas boias para salvar a vida.

Em casa, nossas reuniões de oração ocorriam porque o “Sr. Pank”, como papai era afetuosamente chamado, era o melhor marinheiro na vila. Tinha que haver algo errado. Muito errado, porque eles não haviam retornado da pesca. A polícia, com o auxílio de dois irmãos mais velhos e de amigos, saiu em busca dos marinheiros perdidos. Depois de sete horas de busca, tiveram que suspender o trabalho durante a noite. Um dos meus irmãos, porém, recusou-se a ouvir os profetas da perdição, prosseguindo na busca junto com outro amigo otimista. Ele orou enquanto retomava a busca. Às 3 horas da manhã, sua lanterna localizou duas pessoas flutuando nas ondas: papai e meu irmão mais novo – que sobreviveram após 12 horas sendo castigados pelo mar bravio.

O Espírito Santo me despertara dizendo: Acorde e ore por seu pai. Dou graças a Deus por essa Voz que ainda fala conosco hoje. Ouçamos, cada uma de nós, os pedidos de oração que vêm do Céu!

Claudette Garbutt-Harding