Quinta-feira
02 de janeiro
Agradeça sempre
Seja a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um só corpo. E sede agradecidos. Colossenses 3:15

Você pode ter ouvido e falado muito sobre gratidão nos últimos dias, mas refletir sobre essa virtude nunca é demais. Afinal, como afirmou o filósofo romano Cícero, “a gratidão não é apenas a maior das virtudes, mas a mãe de todas elas”. O teólogo Harold H. Rowley chegou a defini-la como o mais religioso dos sentimentos.

De fato, a gratidão nos remete a Deus, sempre incansável em inundar nossa vida com bênçãos preciosas. Não seria exagero afirmar que contribuímos para empobrecer nossa vida pela falta de reconhecimento a Ele. Entre as marcas da depravação do ser humano, relacionadas no primeiro capítulo da carta aos Romanos, Paulo mencionou a falta de reconhecimento (Rm 8:21). “A indisposição de dar graças a Deus por Seu amor e bondade para com os homens é uma das causas da corrupção e da idolatria. A ingratidão endurece o coração e leva as pessoas a se esquecerem Daquele a quem não estão dispostas a expressar gratidão” (Comentário Bíblico Adventista, v. 6, p. 522).

De acordo com especialistas da Medicina, a gratidão aprimora a saúde cardíaca, melhora o otimismo, o humor, a qualidade do sono, a autoestima e os relacionamentos.

Gratidão é um tema importante nos Salmos e em outras partes das Escrituras. Uma delas é o texto de hoje: “sede agradecidos” (do grego eucharistos, que significa “cheio de gratidão”). E mais: “Em tudo dai graças” (1Ts 5:18), indicando que a gratidão é uma virtude a ser mantida tanto nos dias bons como nas tempestades da vida. Nesse caso, devemos agradecer pelas lições e experiências então adquiridas.

Muitos têm experimentado a paz decorrente da gratidão. Depois de visitar pontos turísticos da ilha de Trinidad e Tobago, um grupo de cristãos norte-americanos foi a um leprosário para um culto. Depois de cantarem alguns hinos, ele ofereceu aos participantes a oportunidade de sugerir um cântico. Foi então que uma pessoa sentada no último banco, de costas para a plataforma e com a cabeça coberta, virou-se e ergueu a mão. Era uma senhora que já não tinha nariz nem lábio superior. Com os dentes à mostra, balbuciou algumas palavras à enfermeira a seu lado, e esta anunciou: “Ela está pedindo que cantemos o hino ‘Conta as bênçãos’” (Hinário Adventista do Sétimo Dia, no 244). Mantendo essa atitude hoje, teremos um dia excelente!