Você já ficou angustiada quando duas pessoas que você respeitava e amava chegaram a um ponto em suas respectivas jornadas de vida em que simplesmente não conseguiam mais se entender? O apóstolo Paulo sentiu essa mesma aflição quando soube de duas amigas suas que não tinham mais “a mesma opinião”.
Nessa passagem vemos o apóstolo Paulo apelando a um companheiro e, por extensão, aos membros da igreja em Filipos para tratar de um conflito que surgiu entre duas obreiras altamente valorizadas do Senhor.
Evidentemente, essas duas mulheres estavam em desacordo sobre alguma coisa e acabaram possivelmente não falando uma com a outra ou se evitando; pior ainda, falaram mal uma da outra para os outros. Sabemos que outras pessoas estavam cientes desse conflito porque alguém falou da situação delas para Paulo. Ninguém na igreja poderia alegar que não sabia sobre as tensões entre Evódia e Síntique.
É incrível a rapidez com que as notícias sobre o problema de outra pessoa circulam!
O que há entre comunidades religiosas e as fofocas? Será que sentimos que a gravidade percebida do “pecado” dos outros de alguma forma diminui a gravidade do nosso? E, se corremos para ajudar um irmão ou irmã em conflito, muitas vezes é para tomar partido, não para uni-los novamente. Entenda-me: muitas vezes fazemos isso com a melhor das intenções, desejando ser solidárias com a pessoa que acreditamos ter sido prejudicada.
Mesmo assim, isso pode lançar mais lenha na fogueira se não estivermos suficientemente bem informadas sobre os problemas. Assim, Paulo conclama os membros da igreja em Filipos a se envolverem em um conflito que, pelo menos temporariamente, tinha arruinado um relacionamento saudável.
Da mesma forma, quão importante para nós, em espírito de humildade e com a causa de Deus em nossos corações, deve ser nos aproximarmos dos que estão em conflito e fazer o que pudermos para ajudar a resolvê-lo.
{ Lourdes E. Morales-Gudmundsson }