Faz alguns anos, uma paciente entrou no hospital para retirar uma hérnia e alguns pólipos do útero. Entretanto, foi operada da tireoide. Ao ser questionado, o médico responsável alegou que havia trocado os prontuários das pacientes, que tinham nomes parecidos. Nesse caso, é evidente a total incompatibilidade entre o problema e o tratamento realizado. Podemos afirmar que o médico estava alheio à real condição da paciente.
O verso de hoje mostra uma rainha alheia à realidade que a cercava, incapaz de compreender o real problema de Mardoqueu. Isso fez com que ela apontasse uma solução equivocada para aquilo que ele estava passando. Por isso, ele rejeitou a ajuda de Ester.
Vestido de pano de saco, Mardoqueu expressava seu sofrimento pelo decreto de morte direcionado aos judeus. Ele não precisava de roupas, mas do auxílio imediato da rainha da Pérsia.
Ester vivia no palácio real, cercada do conforto da realeza. Estava profundamente envolvida com seus deveres como rainha. Sua vida orbitava em torno da corte. Por esse motivo, encontrava-se alienada daquilo que acontecia fora do palácio, pensando que tudo corria bem.
Esse episódio vivenciado por Ester me faz questionar se não estamos muito confortáveis na segurança e no conforto de nossa igreja, mas alienados da realidade das pessoas que nos cercam.
Para além do círculo mais íntimo de nossa comunidade, existe um mundo cheio de necessidades, sofrendo com as consequências espirituais, psicológicas e físicas do pecado. E nós temos a mensagem que tem poder para iluminar a vida daqueles que jazem nesse contexto de trevas. Por isso, ore a Deus, peça para que Ele o capacite a alcançar aqueles que ainda não conhecem Jesus com a mesma mensagem de salvação que ilumina e dá sentido à sua vida.