Cercado por todos os lados por inimigos tentando encontrar falta Nele, Jesus foi abordado por um jovem fariseu, que perguntou qual era o grande mandamento na Lei. Jesus respondeu com o texto bíblico de hoje.
Às vezes, fico imaginando: Por que Jesus não terminou a sentença depois da palavra “próximo”? Por que Ele adicionou “como a si mesmo”? Nossa tendência natural é buscar os próprios interesses primeiro. Recebemos a ordem para amar os outros, e a amá-los tanto quanto amamos a nós mesmas. Mas a pergunta mais importante é: Não é verdadeiro, então, que precisamos amar a nós mesmas como amamos os outros?
“Foi só uma vez. Tenho certeza de que ele não vai me bater novamente.”
“De alguma forma devo ter merecido isso.” “No fundo, realmente acredito que não tenho valor suficiente.”
Será que às vezes o pecado acontece não em amar os outros menos do que nós mesmas, mas em nos amar menos do que os outros? Imagino que algumas mulheres — talvez muitas — de alguma forma podem pensar assim. Jesus nunca pediu para não nos amarmos, Ele nunca pediu para nos esquecermos de nós mesmas, nos negligenciarmos, nem nos permitiu que fôssemos pisadas e massacradas. De fato, duvido muito que isso tenha passado pela Sua cabeça, e isso certamente não é encontrado em Seus ensinos. Veja bem, Ele amou você tanto que Ele deu a vida Dele por você. O amor Dele é o que dá valor a você, e seu valor é a vida de Jesus, que é infinita!
Quando penso nas minhas irmãs espalhadas pelo mundo, fico me perguntando se não invertemos esse ensinamento. O chamado para amar os outros tanto quanto a nós mesmas é o mesmo chamado para amar a nós mesmas tanto quanto os outros. Negligência própria, sentimento de inferioridade, autodesvalorização — esses sentimentos não têm parte no ideal de Deus para nós. Será que o modo como tratamos a nós mesmas, ou a maneira como permitimos que outros nos tratem, não pode muitas vezes ferir profundamente o coração de Deus? Hoje reflita sobre o seu valor e decida amar a si mesma.
Adelina Alexe