Em tempos de liberdade de expressão, aceita-se cada vez mais a ideia de que, se uma pessoa realmente ama, não importa como expressa isso. Em nome do amor, tudo é aceitável e lícito.
Contudo, Paulo desafia o conceito do “cada um por si”, e defende o amor como princípio. Este não buscará as próprias vantagens e caminha com a moral. Justiça, consideração com os direitos e bem-estar do próximo não são simples ideais humanistas, mas resultado do amor princípio. Quem ama assim interessa-se tanto pelos outros que age com cortesia e respeito.
Amor e moralidade, por consenso, são considerados heresias pela sociedade moderna. Se alguém puder provar que mais da metade da população é desonesta, isso não torna a desonestidade uma virtude. Assim, as formas mais difundidas de se praticar o amor não as legitimam como amor.
Cristo, quando esteve na Terra, Se preocupava com os sentimentos alheios e era amável com todos. Seus seguidores também devem ser corteses sempre, não respondendo aos impulsos do coração natural para reagir apenas ao seu bel-prazer.
O amor busca o que é certo e apropriado em todos os relacionamentos, pois promove a felicidade dos outros e, consequentemente, a própria. Esse “certo e apropriado” tem como base a perfeita lei do amor, deixada por Jesus.
O amor, como princípio, impede o fanatismo e o extremismo que levam a explosões emotivas e desenfreadas que desonram a Deus. O amor não age inconvenientemente porque está sob o controle da razão; não de mero emocionalismo.
O oposto do amor é a busca apenas por satisfação própria. Naturalmente o ser humano se interessa apenas por si mesmo porque o pecado inverteu a ordem divina. Mas no amor princípio, o eu fica em segundo lugar.
Os que têm o amor de Deus são dominados pelo desejo de fazer a vontade divina. Estão dispostos a sacrificar conforto, tempo e tranquilidade para promover o bem-estar do outro.
Se esse amor princípio fosse mais praticado em nosso meio, os relacionamentos seriam mais satisfatórios. Haveria menos separações. As famílias seriam mais unidas. Haveria menos desentendimentos nas igrejas.
Faremos nossa parte praticando esse amor?