Quarta-feira
11 de maio
Amores que matam
Um homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, também vendeu uma propriedade. Ele reteve parte do dinheiro para si, sabendo disso também sua mulher; e o restante levou e colocou aos pés dos apóstolos. Atos 5:1, 2

Muito mais importante que amar é saber o jeito certo de amar. O mero desejo ou intenção não serve, por melhor que seja. Quem acredita que “qualquer forma de amor vale a pena” nunca deve ter sentido na pele a violência disfarçada de amor, nem o desrespeito travestido de cuidado ou o domínio mascarado de carinho protetor. Não se deixe enganar. Nem tudo o que reluz é ouro. Nem tudo o que chamam de amor é, de fato, amor. O amor tem que ser firme; e não entendido como uma emoção cega e caprichosa capaz de justificar os julgamentos mais rasos, as ações mais questionáveis ou as decisões mais imprudentes!

Veja como isso funciona na prática. Certo rapaz deixou o país de origem e viajou para longe, a fim de viver o sonho de trabalhar no primeiro mundo. Ele foi, mas a namorada ficou. O namoro a distância funcionou bem, até surgir alguém na vida dele. Ela, mais que uma voz ao telefone, era uma pessoa com quem ele podia sair, a quem ele podia ver e em quem podia tocar. Um amigo próximo o aconselhou: “Termine com a outra garota antes de se envolver com essa.” “Tudo bem, vou fazer isso!”, ele prometeu, mas não teve coragem. A coragem só veio quando o amigo lhe disse: “Até tal dia, ou você conta, ou conto eu. Ela não merece ficar sem saber, e você precisa decidir o que quer da vida!” O namoro acabou, mas a amizade permaneceu com seu conselheiro sábio. Um relacionamento não pode durar nem crescer a menos que se baseie na verdade e no compromisso.

Tivesse sido esse amor o laço que unia Ananias e Safira, um deles teria convencido o outro a retroceder, não acha? Cumplicidade é algo bom, desde que a ética não esteja em jogo. Funciona, desde que o desejo de preservar a própria imagem e de se dar bem não seja a prioridade absoluta. Quando nossa bússola moral falha, precisamos contar com alguém capaz de nos mostrar qual o caminho a seguir.

Nisso Ananias e Safira fracassaram como casal. Quando você decidir amar alguém, ame-o sem tentar ser “bonzinho”, porque conivência com o erro não é amor, e sim uma bomba-relógio. Uma delas explodiu na vida de Ananias, outra detonou com Safira. Se você não se cuidar, pode estourar em sua mão também. Conselho de amigo!