Às vezes as palavras dizem menos do que um olhar; outras vezes, dizem mais do que elas mesmas. Analisar o mundo das palavras é, ao mesmo tempo, analisar a realidade que existe ao redor delas. A noção que temos de nós mesmos é expressa por meio da linguagem, pois não há como dissociá-la do sujeito nem do mundo.
Toda comunicação é marcada por um discurso maior do que as palavras, isso porque ele pode englobar muitos tipos de manifestações: imagens, sons, gestos, entre outros. Somos rodeados por várias linguagens que não só nos influenciam como nos constituem. Essa condição demanda uma atitude de questionamento contínuo. Todos os discursos devem ser analisados de acordo com a Palavra de Deus.
Naturalmente, buscamos autenticidade, sentido e autoridade por trás de qualquer discurso. Por exemplo, podemos falar sobre Cristo, mas se não formos usados pelo Espírito Santo, nossas palavras não passarão de meras informações. Uma frase popular diz: “Pregue o evangelho todo o tempo, se necessário, use palavras.”
Embora reconheça que a frase tem limitações, ela expressa parte do ministério de Jesus. Seu discurso de maior expressão a respeito do amor foi apresentado sem muitas palavras, pois elas nem sempre conseguem traduzir a essência dos acontecimentos. No entanto, naquele ato de entrega absoluta, os elementos da natureza deram evidência da grandeza dos fatos que o Universo estava testemunhando. Na cruz ficou evidente o pior do homem e o melhor de Deus. No momento crucial da história da salvação, Cristo fez um discurso de poucas palavras.
Lembre-se, portanto, de que seu discurso representa quem você é. Ele só terá efeito benéfico se for reflexo da presença de Cristo em sua vida. Assim, com e sem palavras, você será um instrumento de Deus para abençoar pessoas e dizer-lhes que, em breve, Jesus irá voltar.