Sábado
18 de dezembro
Antipatias
Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios. Romanos 12:10

Não estamos isentas de alguém antipatizar conosco ou de “não irmos com a cara de alguém”, seja no ambiente de trabalho, na igreja, na escola, na vizinhança ou no meio familiar.

Às vezes, nossas antipatias se justificam. Não desejamos a convivência com quem nos prejudicou conscientemente, ainda que tenhamos perdoado. Mas podem existir motivos velados que também nos despertam antipatias ilegítimas. Aqui estão alguns exemplos:

1. A pessoa lembra alguém de quem não gostamos ou não gostávamos. Por isso a rejeitamos.

2. Ela nos lembra de um defeito próprio que detestamos. Refletimos na pessoa o repúdio que temos de nós mesmas, negando-nos a gostar de quem nos faz enxergar isso.

3. Ela ameaça nossa segurança. A novata veio dividir nosso espaço e pode ter qualidades que consideramos melhores do que as nossas. Então isso gera em nós o sentimento de inferioridade.

4. Ela tem atitudes “inaceitáveis”. Há valores e atitudes aprendidos na infância que podem determinar se aceitaremos ou não as pessoas.

5. Falaram-nos algo negativo sobre ela. Ellen White adverte que “não devemos ter pressa em acreditar em relatórios maus. Eles são, muitas vezes, resultado de inveja ou mal-entendidos, ou podem proceder de exageros ou de uma exposição de fatos tendenciosa” (Testemunhos Seletos, v. 2, p. 20).

Ao julgar, repelir ou condenar alguém, expomos nossa fragilidade. Em geral, as projeções negativas que fazemos dos outros são versões de nós mesmas neles, as quais rejeitamos. Portanto, o que exatamente representam para nós as pessoas contra as quais reagimos? O que realmente nos feriu ou incomodou? Gostaríamos de ter realizado algo que essa pessoa realizou? O que a motivou a agir assim? Esses questionamentos podem nos levar à fonte de nossa perturbação, abrindo espaço para a generosidade, para o perdão e até para uma certa imunidade contra atitudes que nos irritavam.

O pastor Henry Fayerabend, citando Alain-Fournier, gostava de dizer: “Há tanto bem nos piores de nós, e há tanto mal nos melhores de nós”.

Que, em Deus, você desenvolva a habilidade de sempre encontrar algo de bom em todas as pessoas!