Em 2015, meu filho Rafael, então com quatro anos e meio de idade, foi submetido a uma cirurgia de retirada de amígdalas e adenoide. Os médicos explicaram que era uma cirurgia muito simples, que fazia de manhã e à tarde a criança já receberia alta. Mas um especialista nos orientou que essa cirurgia, mesmo sendo simples, fosse feita em um hospital que tivesse Unidade de Terapia Intensiva pediátrica, por precaução.
Seguindo esse conselho, aguardamos três anos entre a descoberta da adenoide até a realização da cirurgia. A operação foi rápida e sem problemas, segundo a médica, mas a espera no quarto para a chegada dele começou a parecer infinita. Até que fomos chamados ao centro cirúrgico e nos explicaram que estavam aguardando o tempo do efeito da anestesia passar. Como ele não estava acordando, teria que ser encaminhado à UTI para um melhor acompanhamento. Eles nos explicaram que, como o nível de oxigênio dele estava baixando, precisaria ser entubado.
Na madrugada de sábado, presenciei uma das piores cenas da minha vida, como mãe. Percebi que o Rafael estava fazendo muita força para respirar. Avisei a enfermeira, e ela disse que o tubo (que o estava ajudando a respirar) havia saído do lugar. Rafael começou a endurecer todo o corpo, ficar roxo e revirar os olhos. “Meu Deus, meu filho está morrendo”, pensei. Saí para chamar a médica. Não pude mais entrar no quarto, mas vi de longe toda a equipe se mobilizando para desamarrá-lo e reanimá-lo com massagem cardíaca.
Enquanto tudo isso acontecia, liguei para meu marido e disse a ele que orasse. Eu tremia e gemia incontrolavelmente. Então orei: “Senhor Deus, foi o Senhor quem me deu o Rafael, que a Tua vontade seja feita na vida dele neste momento. Ajuda-me a aceitar a Tua vontade.” Naquele momento, consegui sentir paz e tranquilidade. Sabia que o Senhor estava presente. Depois de 40 minutos a médica veio, explicou a situação e me deu esperanças de que ele sobreviveria; só não sabia que sequelas poderiam surgir, pois ele tinha ficado sem respirar, e o coração havia parado por 5 minutos. Ele precisou ficar internado.
Entre as idas e vindas do hospital à casa dos familiares, eu dirigia ouvindo a música “Me Cura”, de Daniel Lüdtke e, pedia a Deus que visitasse meu filho e o curasse.
Deus já estava agindo na recuperação do Rafael. Depois de 12 dias internado, dos quais 8 na UTI, meu filho teve alta e saiu do hospital sem nenhuma sequela, totalmente curado, graças ao nosso Deus.
Aline Damasceno Silva