Segunda-feira
09 de janeiro
APURO NOS ARES
Estive continuamente viajando de uma parte a outra [e] enfrentei perigos. 2 Coríntios 11:26

Uma das viagens mais marcantes que fiz com o quarteto Arautos do Rei foi uma caravana pelo estado do Amazonas. Passamos 12 dias cantando em diversas cidades, como Parintins, Maués, Manacapuru, Coari e Tefé. Algumas coisas me marcaram muito como, por exemplo, a receptividade do povo amazonense, os batismos às margens dos rios, a visita a uma tribo indígena adventista e, é claro, o delicioso e puro açaí! 

Houve, porém, outro ponto marcante naquela viagem: nosso meio de transporte. Para chegarmos a tantas cidades em tão pouco tempo, foi alugado um avião bimotor – um Bandeirante 75 – que ficou exclusivo para a nossa equipe. Em menos de duas semanas, fizemos 28 pousos e decolagens! 

Quando chegávamos aos pequenos aeroportos, éramos recebidos por uma multidão composta por desbravadores e suas fanfarras, pastores e irmãos de igreja que carregavam faixas com mensagens de boas-vindas. Depois, subíamos em um trio elétrico e percorríamos a cidade convidando as pessoas para a programação da noite. 

Certo dia, algo inusitado aconteceu. Quando estávamos para pousar em uma cidade, os dois pilotos iniciaram uma discussão. Como o avião é pequeno, conseguíamos ouvir tudo o que acontecia dentro da cabine. O piloto, que era o mais experiente, decidiu passar o comando da aeronave para o copiloto, a fim de que executasse sozinho o processo de aterrissagem. Porém, o copiloto se negou a assumir a tarefa. Então, os dois começaram a brigar. 

Você pode calcular o susto que passamos? Imagine a cena: trem de pouso descendo, cheiro forte de querosene, luz vermelha piscando, turbulência e pilotos trocando farpas na cabine! Naqueles segundos intermináveis, confesso que apertei o cinto de segurança e repeti várias vezes o refrão da música: “É só um pouco mais, um pouquinho mais.” 

Graças a Deus, conseguimos pousar em segurança e terminar a caravana. Depois de retornar para casa, um amigo me falou que o apelido daquele avião era “mata 15”. Esse foi mais um motivo para agradecer a Deus a Sua proteção! 

E você, que tipo de emoções tem experimentado ao pregar a Palavra de Deus? Se sair de sua zona de conforto, certamente terá muita história para contar.