Desde a década de 1970, a palavra bullying ganhou destaque na mídia e no meio acadêmico. Trata-se de uma expressão inglesa que significa “ação contínua praticada por um valentão cuja intenção é perseguir, diminuir ou ridicularizar uma pessoa”. Essas agressões podem ser verbais, físicas ou psicológicas e acontecem, inclusive, no ambiente virtual.
Segundo uma pesquisa feita pela Microsoft, 43% dos brasileiros se envolveram com bullying na internet entre 2019 e 2020. Os mais afetados foram os indivíduos da geração Y, chamados millennials (nascidos entre 1981 e 1996), e os da geração Z (nascidos entre 1997 e 2010).
No verso de hoje, encontramos uma cena de bullying protagonizada por alguns meninos contra o profeta de Deus. Elias havia acabado de subir ao Céu em um redemoinho e deixado sua capa cair para seu sucessor Eliseu. Aquele manto representava o chamado para o ministério profético e também o poder para cumprir a missão. Ao voltar para casa com tal distintivo de autoridade, Eliseu devia ser reconhecido como sucessor de Elias.
No entanto, alguns rapazinhos que saíam de Betel ridicularizaram o profeta, como que dizendo: “Você também não vai subir ao Céu, seu careca?!” Eles se esqueceram de que o trabalho de Deus é coisa séria. Aqueles garotos podiam ter cabelo, mas não tinham cabeça!
A Bíblia informa que o profeta do manto amaldiçoou os meninos, e logo duas ursas deram uma lição aos autores do bullying. Esse fato trágico indicou que as regras antigas ainda permaneciam de pé. O mesmo Deus de Elias ainda atuava por intermédio de Eliseu.
Devemos tomar muito cuidado com nossas palavras. Jesus disse: “No dia do juízo, os homens haverão de dar conta de toda palavra inútil que tiverem falado” (Mt 12:36). Não zombe de alguém ou o menospreze pelos seus traços físicos ou de personalidade. Lembre-se de que Deus nos criou à Sua imagem. Se alguém menospreza uma pessoa, é como se estivesse menosprezando o próprio Deus, e Dele não se zomba! “Pois o que o homem semear, isso também colherá” (Gl 6:7).