Eu estava muito ansiosa para fazer aquela viagem. Meu pai completaria 103 anos dentro de alguns dias – o que era fantástico! Muitos familiares iriam de todos os lugares para a festa de aniversário. Além da festa, eu estava ansiosa pelos momentos de louvor e adoração que teríamos juntos, cantando hinos em vozes harmônicas. No aeroporto, meu entusiasmo se misturou com decepção quando nos disseram que nosso voo atrasaria duas horas. Então o atraso aumentou para cinco horas.
Ninguém nos informou o motivo do atraso, mas decidi deixar minha chateação de lado e ocupar meu tempo com uma leitura. Além disso, voltei a trabalhar num artigo que eu tinha começado a escrever.
Cumprimentei alguns dos outros passageiros e tentei animá-los, mas muitos preferiram jogar no celular, ou ouvir música no fone de ouvido, ou ainda andar de um lado para o outro. De repente, uma grande comoção começou no balcão de informações, que ficava perto de mim. Uma passageira perdeu a paciência e já não acreditava no que a companhia aérea estava prometendo. Ela expressou, com voz alterada e linguajar ofensivo, o que sentia para a recepcionista. Muitos outros passageiros começaram a falar sobre suas decepções, com o rosto abatido e cansado.
Contudo, havia outro cenário. Algumas crianças riam alto enquanto jogavam um bicho de pelúcia umas para as outras. Elas o pegavam e o atiravam novamente, como se não tivessem com que se preocupar. É provável que elas também estives- sem cansadas, mas estavam felizes enquanto esperavam.
Aquilo me fez pensar sobre outra cena. “O noivo estava demorando” (Mt 25:5). Nós temos esperado por um casamento muito importante. Não temos certeza de quando o Noivo vai chegar, mas será que estamos prontas para encontrá-Lo? Es- tamos felizes em compartilhar Seu amor com outras pessoas ou será que estamos nos queixando da vida enquanto dormimos espiritualmente?
Pai, ajuda-nos a não perdermos o foco. Queremos estar prontas quando o Senhor vier nos buscar. Amém.
Sonia Kennedy-Brown