Depois do nascimento do nosso segundo filho, meu esposo e eu decidimos esperar um pouco para tentar ter outro filho e fizemos tudo o que pudemos para que essa decisão fosse honrada. Então tivemos um domingo à noite que jamais esquecerei. Tudo começou por volta das 23h com dores fortes no estômago, vômito e náusea. A nação estava em crise. Os postos de gasolina de toda a região não tinham combustível, e os funcionários do governo tinham iniciado uma greve porque não estavam recebendo o salário. Eu estava sem dinheiro, e na quinta-feira anterior eu havia recebido a notícia de que meu pai havia falecido. Na manhã seguinte, naquela segunda-feira, eu havia planejado viajar para o enterro dele.

Mas agora minha irmã me ajudava a chegar até uma clínica, onde fui diagnosticada com uma gravidez nas trompas. Para piorar a situação, a clínica não tinha infraestrutura para lidar com meu problema. Fui enviada para um hospital do governo a fim de que a cirurgia necessária pudesse ser realizada, mas outro problema surgiu. Os pacientes precisavam pagar antes de ser internados, e eu não tinha dinheiro algum. Senti-me abandonada, e chorei. Não chorei porque eu não tinha dinheiro, mas por outras razões. Meu pai era polígamo, e ressentimento e rancor entre suas esposas e filhos eram óbvios. Se eu não sobrevivesse, isso sugeriria que minha mãe era a “feiticeira” que mata até os membros da própria família. Amo muito a minha mãe, e as consequências da minha morte poderiam ser devastadoras. Ela poderia ser morta por apedrejamento ou, no mínimo, expulsa da casa da família. Esses pensamentos tornaram minha dor ainda mais difícil de suportar. Era um dia escuro sem sinal de esperança.

De repente, senti alguém me tocando no ombro. Era o médico que faria a cirurgia. Ele era consultor do hospital do governo e gentilmente perguntou se eu gostaria que a cirurgia fosse feita em seu hospital privado, dizendo que eu podia pagar depois. Eu sabia que a sugestão havia sido enviada por Deus. Concordei, e ele me levou em seu carro até o hospital. Porém, assim que chegamos ao hospital, ficamos sem energia elétrica.

Não posso relatar o que aconteceu em seguida porque eu não estava acordada, mas a cirurgia foi um sucesso, e Deus me ajudou a passar por tudo aquilo. Ele é um Deus fiel e misericordioso.

Taiwo Adenekan