Sábado
02 de março
Balão e desejos

Enquanto eu caminhava em uma esteira no ginásio local, olhei por uma grande janela na pista de caminhada interna. Uma garotinha, com cerca de dois anos de idade, passeava pela pista. Ela segurava um balão roxo, recebido em um evento realizado em uma das salas de conferência. Enquanto eu me exercitava, não pude deixar de notar seu sorriso feliz enquanto pulava.

A fita em volta do balão saiu da mão dela e flutuou até o teto. Ela gritou, e seu pai apareceu. A menina apontou para o balão fora de alcance e implorou que seu pai o pegasse. Ele balançou a cabeça e pulou com os braços estendidos para mostrar que não conseguia alcançar o balão. Então ele desapareceu da minha vista quando entrou no corredor.

Sei exatamente como você se sente, garotinha, pensei. Através da janela, eu via essa criança aflita olhando para cima. Pensei em alguns dos meus pedidos de oração que Deus, aparentemente, não atendeu. Às vezes, nossos sonhos e esperanças deslizam pelos dedos, e o Pai celestial não os recupera para nós. Imaginei o que Deus tentava me ensinar com esse cenário. O pai da menina retornou com uma mulher da equipe do centro comunitário. Ela tinha uma vara longa, mas não era suficientemente longa para alcançar o laço da fita do balão. O pai pegou a vara e, depois de várias tentativas, devolveu o balão à filha. Feliz mais uma vez, a garotinha se afastou segurando a mão do pai.

Pensei sobre o que eu havia testemunhado, sentindo novamente que Deus queria que eu aprendesse alguma coisa. O balão simbolizava meus desejos. Então Mateus 7:11 veio à minha mente. Deus quer me dar bons presentes, eu sou Sua filha. Eu também me lembrei de outra história que apareceu em todos os noticiários, sobre um balão e uma criancinha. A criança engoliu um pedaço de um balão estourado e teve morte cerebral por falta de oxigênio. Nesse caso, o balão era perigoso e não uma fonte de felicidade.

Meu Pai celestial, em Sua infinita sabedoria, sabe que o que eu quero pode nem sempre ser o melhor para mim. Estes poucos momentos na esteira, enquanto testemunhei o incidente com o balão roxo, serviram para renovar minha confiança no amoroso Pai celestial.

Marsha Hammond-Brummel