Quarta-feira
19 de abril
Balcão do check-in
Por isso lhes digo: Peçam, e lhes será dado. Lucas 11:9

Toda vez que passo férias na Nigéria (África Ocidental), meu país de origem, geralmente tenho problemas na viagem de retorno. O problema mais comum é não ter dinheiro suficiente para pagar o excesso de bagagem, contendo presentes que desejo conservar, já que não são encontrados na Gâmbia.

Sendo que tubérculos de inhame não existem na Gâmbia, adquiri alguns para dar aos meus filhos e amigos. Na noite anterior ao voo, viajei de Ibadan, que fica a 130 quilômetros de Lagos (a capital comercial da Nigéria), até o aeroporto (uma viagem por terra, perigosa após o anoitecer), a fim de passar a noite no aeroporto, já que o horário do meu check-in estava marcado para as 6 horas da manhã. Passei a noite no aeroporto.

Fiquei sentada a noite toda, vigiando minha bagagem. Quando chegou a hora do check-in, fui a primeira da fila. Meu coração desmoronou quando minha mala marcou 38 quilos na balança. Meu bilhete permitia um limite de peso de apenas 30 quilos. Eu não tinha dinheiro para pagar o excesso, mas estava decidida a não deixar os inhames para trás.

Ao puxar a mala para fora da balança, murmurei uma breve oração de completa dependência. “Por favor, Senhor, ajuda-me a levar estas coisas para casa, por causa dos meus filhos. Tu nos disseste na Tua Palavra que devíamos pelo menos pedir, expondo os desejos do nosso coração.”

Um minuto mais tarde, a funcionária do balcão sugeriu: “Senhora, por que não retira os artigos mais pesados de sua mala e os coloca na bagagem de mão?” Rapidamente segui a sugestão dela, colocando os inhames na bolsa que levava comigo. Isso aliviou o peso da mala, mas não muito, ao que me pareceu. Preocupada, mais uma vez ergui a
grande mala até o balcão. A funcionária fez sinal com a cabeça e pôs o adesivo sobre a mala, dando permissão oficial para que ela fosse embarcada no avião. Entretanto, ninguém pesou a mala! Nem pude acreditar que a bagagem foi aceita sem que eu pagasse a quantia de dinheiro pelo peso excedente. Todos os artigos de alimentação, naturalmente, foram comigo na bagagem de mão, destinados à minha família e a amigos. Como me senti agradecida!

Dou graças a Deus porque foi Ele quem impressionou a funcionária a me ajudar a resolver o problema. Agradeço a Deus porque pedi, e Ele respondeu, mostrando-me o caminho. Algum dia, em breve, nossa “bagagem” (nosso caráter) será processada no balcão de check-in do Céu. Louvo a Deus porque Jesus Cristo estará lá para nos ajudar a concluir a jornada rumo ao lar. Amém!

Taiwo Adenekan