Entre as variadas formas de defesa presentes no mundo animal, destaca-se a de alguns insetos que ao serem ameaçados por sapos, pássaros e até mesmo por outros insetos, lançam sobre eles jatos de água quente misturada a substâncias químicas irritantes. Os besouros bombardeiros são especiais nesse aspecto, pois a maior parte dos insetos armazenam a substância a ser liberada em uma ação defensiva, na forma de um produto pronto. Quando um bombardeiro é atacado, enzimas especiais preparam na hora o veneno que será utilizado.

Há várias espécies de besouros bombardeiros. Eles têm cerca de 2,5 centímetros de comprimento, são noturnos e vivem a maior parte do tempo escondidos entre raízes ou debaixo de pedras. A cabeça e as pernas são marrons, e a carapaça é verde-escura. No abdômen do bombardeiro existem dois reservatórios cheios de uma solução de água oxigenada e hidroquinonas. Um músculo comprime o conteúdo dos reservatórios em direção a uma câmara de reação situada um pouco abaixo. É nessa câmara que a mistura é feita.

Lá dentro, o líquido ferve a 100° C. Quando sai, além de quente e fedido, o contato com o ar o torna um gás explosivo. Talvez seja isso que o torne luminoso no escuro. A câmara de reação torna o bombardeiro um grande artilheiro. Ele pode disparar oito ou mais jatos seguidos, em sequências muito rápidas, como jatos de tinta spray, sem que os reservatórios se esvaziem.

Os arremessos alcançam até 10 centímetros, à velocidade de 240 centímetros por segundo. A massa do jato é estimada em 0,3 miligramas. Isso parece pouco? Já que a massa total do bombardeiro é de cerca de 290 miligramas, isso corresponderia a um jato de ácido fervente lançado por um homem de 100 quilos, à velocidade de 2,4 metros por segundo.

Um pouco antes da volta de Jesus, o povo de Deus estará sob a ameaça de homens ímpios liderados por anjos maus. Juntos usarão armas sofisticadas para nos destruir. Nessa hora, porém, Deus irá intervir e nenhum amigo de Jesus será ferido. “O precioso Salvador enviará auxílio exatamente quando dele necessitarmos” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 633). A angústia será grande, mas a salvação será ainda maior. Jesus, o Grande Príncipe, nos defenderá. E “se Deus é por nós, quem será contra nós”? (Romanos 8:31).