As aranhas fazem casas de várias maneiras. Algumas moram em teias bonitas. Outras vivem na bagunça. Há uma bem pequena, que ainda não consegui identificar, que faz seu ninho no meio de folhas secas, ligadas umas às outras por fios de seda. Ela mora bem no centro, em um canal revestido de seda. Algumas aproveitam canais naturais, como o centro da planta do abacaxi. Mas há também as que fazem tocas no chão. Estas enfrentam problemas de enchentes. Para não morrer afogadas, algumas espécies de aranhas fazem túneis laterais à meia altura da toca. Elas escapam por essas câmaras, caso a água invada o ninho e se acumule no fundo.

Noé não podia fazer um túnel para escapar das águas do dilúvio, mas fez um barco de cipreste. Imagine o trabalho, numa época em que não havia motosserras ou pregos. Será que ele fez tudo com encaixes? Além disso, aquele foi o primeiro grande navio construído no mundo, e Noé não tinha curso de engenharia naval. Ele precisou seguir as orientações de Deus ao pé da letra.

Calcula-se que a arca de Noé deveria ter cerca de 154 metros de comprimento e 26 metros de largura. A Bíblia não fala da forma exata do barco, por isso, nem é interessante ficar supondo a capacidade dele. Mas deve ter sido enorme para aquela época e ocasião. O barco foi feito para caber animais, alimentos e pessoas. Quanto
à gente, sabemos que foi pouca. Só oito pessoas entraram na arca. Os bichos marcaram mais presença do que as pessoas: sete casais de cada espécie de animal limpo e um casal de animal imundo.

Mesmo não sabendo quantas espécies de animais existiam naquela época, podemos imaginar que foram muitas. A diferença na quantidade entre bichos e gente ficou por conta de uma única razão: bicho não pensa – foi levado para dentro por uma ordem de Deus.

E gente, bem, gente não deve ser tocada como boi. O homem faz isso, mas Deus não. Criado à imagem e semelhança de Deus, o homem e a mulher têm livre-arbítrio para entrar e sair. Da mesma forma como Ele não forçou o povo que morreu afogado no dilúvio a entrar na arca, Deus também não forçará as pe