Quando relembro minha história, vejo Deus agindo em cada etapa. Minha família é humilde e sempre tive uma saúde frágil. Por conta disso, houve momentos em que duvidei de que pudesse me tornar alguém. Tudo parecia conspirar contra. Mas, quando olho para trás, vejo a mão soberana de Deus guiando minha vida. Não tenho como duvidar da bondade de Deus.
Davi argumenta que podemos ter essa certeza. Ele diz: “Certamente a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias” (ARA). Enquanto passamos por essa vida, somos seguidos de perto, ou melhor, perseguidos ou caçados pela bondade e pelo amor de Deus. Para Spurgeon, a bondade e a misericórdia no fim do Salmo 23 são “anjos guardiões gêmeos”. Frederick B. Meyer as chama de “escolta celestial”. Outro comentarista bíblico se refere a elas como “cães pastores de Deus”.
Quem estaria acompanhando Davi com bondade e amor todos os dias de sua vida? Ninguém menos que o próprio Deus, o bom Pastor, grande protagonista do poema. Antes de subir ao Céu, Jesus prometeu a Seus discípulos: “Estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” (Mt 28:20).
O ser humano nasce, cresce, se reproduz e morre. Mas existe muito mais em jogo do que isso. Em Cristo, é possível desfrutar a certeza revelada por Davi. Não somos prisioneiros do destino nem fantoches da cadeia evolutiva. Há um projeto de Deus para nós. Estamos numa jornada que começa na Terra, passa temporariamente pelo túmulo, mas termina no Céu, ao lado do Senhor. Estamos a caminho de casa, e o Senhor está conosco.
A bondade e a misericórdia estão sempre nos seguindo. Nem todo dia é dia de festa, mas como é bom viver tendo a presença de Jesus!