Ditados populares são frases curtas que expressam sabedoria e cuja finalidade é advertir ou aconselhar alguém. Eles são ricos em imagens do cotidiano e são passados de geração em geração em uma cultura. Você se recorda de alguns deles? “Cão que ladra não morde.” “A cavalo dado não se olha os dentes.” “De grão em grão, a galinha enche o papo.” “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.” E por aí vai. 

A Bíblia apresenta muitos ditados, especialmente em Provérbios. Esse é um livro com linguagem objetiva, prática, cuja intenção é impactar a mente dos leitores e conduzi-los à ação. Porém, esse tipo de literatura também pode ser visto em outros livros, como é o caso da Segunda Epístola de Pedro. O apóstolo colocou juntos dois ditados interessantes: “O cão volta ao seu vômito” e “A porca lavada volta a revolver-se na lama”. Que lições podemos extrair desses provérbios? 

O contexto fala sobre a apostasia daqueles que, um dia, aceitaram a Jesus. Diante de Deus e da igreja, essas pessoas assumiram o compromisso de abandonar a velha vida e andar com Cristo em santificação. Entretanto, por alguma razão, voltaram a se sujar na lama do pecado, como em sua antiga inclinação. 

Cães e porcos são considerados animais impuros na Bíblia (Lv 11). Eles representam as pessoas que não permanecem firmes nos princípios divinos e voltam às suas práticas não regeneradas. Elas dão força às tendências naturais que mantinham antes de ser batizadas. Para elas, lamber o próprio vômito é melhor do que se alimentar do banquete de Deus! 

Se você já viu um cão lambendo aquilo que regurgitou, sabe que é uma cena repugnante! Lembro-me de algumas viagens que fiz a Curitiba com meus cachorros da raça Shih Tzu. Bastava entrar na serra cheia de curvas que os bichinhos começavam a ficar enjoados. Depois disso, você pode imaginar o que acontecia! 

Se você já foi limpo pelo sangue de Jesus, permaneça assim. Continue andando de mãos dadas com Deus. Não volte para o lamaçal do pecado. Não vale a pena se revolver na sujeira do mundo só para se dar conta depois de que teria sido melhor nunca ter saído da presença do Senhor.