Segunda-feira
09 de outubro
Caminhos misteriosos
Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apoie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e Ele endireitará as suas veredas. Provérbios 3:5, 6

Até logo!”, gritei para minhas duas amigas, andando para trás e acenando. Virando-me rapidamente, subi pela escada rolante até o setor da segurança. Finalmente voltando para casa, após um ano de treinamento médico-missionário em Honduras, eu estava ansiosa pelo regresso. No entanto, ao entrar no primeiro posto de controle, uma senhora da segurança pegou meu passaporte e o visto de residência. – Que idade você tem?

– Vinte anos – respondi, confiantemente.

– Lamento, mas você não tem idade suficiente. Não poderá sair do país sem um selo declarando que seus pais lhe deram permissão – ela respondeu, com um olhar altivo.

– Senhora, estou voltando para o meu próprio país! – tentei explicar; mas ela não se convenceu nem me deixou passar sem o selo. – Você precisa descer e falar com a imigração.

Dei meia-volta, desci correndo, encontrei minhas duas amigas e lhes expliquei a difícil situação. Então eu as segui até a imigração.

– Você não pode sair enquanto não pudermos ver os documentos com a assinatura dos seus pais. – Aquelas palavras me atingiram como uma parede de pedra. O que fazer?

Mais uma vez, tentei explicar: – Estou retornando para o meu país e para os meus pais. – Interrompendo-me, o funcionário da imigração disparou: – Como você tem residência aqui, e é menor de idade, precisa seguir as leis de Honduras.

Deixei cair minha mochila, derrotada. Lutei para decidir o que fazer. Então surgiu um pensamento: Meus pais terrestres podem não estar aqui, mas tenho um amoroso Pai celestial que sempre me acompanha. Com esperança no coração, fiz uma oração silenciosa: Senhor, eu me encontro em uma situação difícil. Não posso perder o voo. Por favor, socorre-me!

Nesse momento, o funcionário saiu, dizendo algo sobre ir falar com o chefe. Minhas amigas e eu esperamos. Ao retornar, o funcionário não parecia feliz. Segurei a respiração quando ele pegou meu passaporte, abriu-o e carimbou minha saída do país. Ele não fez isso, porém, sem deixar claro que, da próxima vez, eu devia ter a permissão dos meus pais.

Agradecendo-lhe, peguei o passaporte e mais uma vez me despedi das minhas duas amigas. Independentemente daquilo que acontece em nossa vida; se permitirmos, o Senhor agirá. Confie.

Haleigh Van Allen