O pecado deixou marcas profundas em nosso caráter. Segundo a Bíblia, todos os seres humanos são pecadores, incluindo eu e você (Rm 3:23). Um cristão verdadeiro é alguém que reconhece que estava debaixo do poder da morte eterna e que Cristo o salvou. Essa é uma obra que Deus realiza num instante. Mas existe um trabalho divino em nossa vida que ocorre no longo prazo: a santificação. Nossa restauração “à imagem de Seu Filho” (Rm 8:29) leva toda uma vida.
A caminhada cristã começa com o novo nascimento. A partir desse ponto, Deus vai transformando nosso caráter dia a dia com bondade, verdade e amor. A bondade de Deus nos “leva ao arrependimento” (Rm 2:4). A verdade nos liberta (Jo 8:32). E o amor de Cristo é o que nos motiva a continuar crescendo (2Co 5:14).
O novo nascimento indica que a pessoa morreu para o pecado, que uma nova vida começa a se desenvolver. Deus é especialista em transformar corações em um segundo, mas escolheu desenvolver nosso caráter progressivamente. Mesmo não querendo retornar à velha vida, quem foi transformado por Jesus vai lutar contra suas tendências pecaminosas até a glorificação. Além disso, existem características arraigadas e hábitos cultivados que são praticados de forma mecânica. Por isso, muitas vezes tropeçamos na caminhada cristã. Crescer leva tempo e exige perseverança.
Deus deseja que cresçamos “à imagem de seu Filho”. E a mais linda verdade para esse dia é que a graça divina restaura nosso caráter (Ef 4:20-24). Ellen White aconselha: “Ninguém diga: não posso remediar meus defeitos de caráter” (Mente Caráter e Personalidade, v. 2, p. 549).
Quando aceitamos Cristo, somos revestidos “do novo homem” (Ef 4:24). O que isso significa? Paulo usa essa metáfora para descrever uma mudança de atitude que ocorre em nossa mente. Esse processo acontece quando passamos tempo com Jesus, meditando em Sua Palavra. Ao contemplá-Lo diariamente, somos transformados (2Co 3:18). Não se esqueça: “A transformação do caráter é o testemunho para o mundo de que Cristo habita no ser” (Mente Caráter e Personalidade, v. 2, p. 549).