Sábado
10 de maio
CARIDADE RESPONSÁVEL
Quem se compadece do pobre empresta ao Senhor, e Este lhe retribuirá o benefício. Provérbios 19:17

Certa vez, uma família procurou a igreja local em busca de ajuda para pagar alguns aluguéis atrasados, e prontamente uma oferta foi levantada. Contudo, para surpresa de todos, na mesma semana a família partiu de férias em um carro novo. Essa experiência foi uma lição dolorosa para a igreja. Os que foram ajudados não eram necessariamente pobres; na verdade, eles eram maus gestores, sempre priorizando a vaidade, a diversão e o prazer acima de suas obrigações financeiras. Posteriormente, descobriu-se que tinham o hábito de fazer dívidas enquanto esperavam o apoio das pessoas. Infelizmente, não demorou muito para que saíssem da igreja, alegando desamor por parte dos irmãos.

Em 1 Timóteo 5:10 a 13, Paulo mostra que a caridade, embora essencial, não é coisa para ser feita de qualquer maneira. A generosidade cristã tem como objetivo ajudar os mais necessitados; no entanto, ela não libera as pessoas de suas responsabilidades, as quais incluem trabalho árduo e honesto, quitação de dívidas e elaboração de orçamento pessoal.

A caridade cristã ajuda os que não conseguem se ajudar, mas não pode servir de rede de apoio aos que se recusam a evoluir financeiramente. O apóstolo Paulo é claro ao dizer que todo mundo deve trabalhar, “fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o necessitado” (Ef 4:28).

Mesmo tendo o direito de viver do dízimo, ele e seus auxiliares não abusaram disso, pelo contrário, trabalharam com esforço dia e noite para não serem pesados à igreja (2Ts 3:8).

Com essas cautelas em mente, também não podemos nos esquecer de que a caridade, mais que um ato de altruísmo, é uma obrigação diante de Deus. É ato regular, não esporádico. Tanto que os judeus chamam o dinheiro da caridade de tsedaqah, que quer dizer direito, justiça. Em outras palavras, dar o pão ao faminto é uma ação esperada daquele que se diz servo de Deus. O cristão que não faz caridade é como um médico que não cura ou um motorista que não dirige. Se queremos uma igreja relevante, é necessário colocar em prática a teoria do cristianismo, sendo as “mãos de Jesus” para os outros.