Cupinzeiros de montículo são aqueles enormes “torpedos de argila” construídos em campos e pastos. Nessas torres não há problemas de refrigeração de ar ou inundações. Os cupins as constroem com argila, as próprias fezes, ricas em fibras de madeira, e saliva. Esses materiais produzem uma pasta duríssima e rígida. Ao iniciar a construção, os cupins isolam o ninho do contato direto com a terra, deixando um espaço entre a casa e o solo. Fazem isso construindo uma parede grossa de até nove centímetros de espessura, que é como uma muralha em volta do ninho. Essa parede circular é construída sem andaimes para escoramento.
Eles resolveram isso construindo a parede dos dois lados, ao mesmo tempo, a partir de baixo, onde é mais grossa. Então avançam até que as duas pontas se juntem no centro. Essa técnica é tão perfeita que inspirou o engenheiro brasileiro Emílio Baumgart, em 1930, a criar o método de construção de pontes chamado de balanço sucessivo. Como fazem os cupins, os dois lados da ponte vão sendo construídos até se juntarem no centro. O ninho do cupim é dividido em câmaras de onde saem os túneis de comunicação. As câmaras são utilizadas como depósitos de alimento e abrigo para a rainha, ovos e larvas.
Apesar do grande número de habitantes em uma colônia de cupins, e da exposição contínua da casa ao sol, a temperatura interna é sempre estável. O sistema de circulação de ar inclui aberturas próximas ao solo que permitem a entrada de ar frio. Pequenos furos localizados nas laterais da parte alta do cupinzeiro funcionam como válvulas de escape do ar quente.
Para aquecer o interior do ninho, o cupim-bússola, da Austrália, constrói a parede externa do cupinzeiro em forma de concha voltada para receber o sol da manhã. Casa de cupim inunda? Nunca. O material de construção é isolante e mais compacto do que a terra ao seu redor. Antes que a água possa ensopar o cupinzeiro, ela infiltra no solo.
Se o cupim, que é um inseto, consegue resolver seus problemas, por que não o conseguiremos nós? Quando nos aliamos a Deus não há obstáculo que não possamos vencer. “Em Deus, cuja palavra eu louvo, em Deus eu confio, e não temerei. Que poderá fazer-me o simples mortal?” (Salmo 56:4).