Se você fosse escolhido para ser o diretor de uma grande multinacional e tivesse em suas mãos um projeto revolucionário, quem você chamaria para fazer parte de sua equipe? Amigos de infância, especialistas ou, quem sabe, pessoas famosas e atraentes?
Quando Jesus esteve na Terra, não chamou ninguém com esse perfil para formar o núcleo de Seus seguidores. Pelo contrário, os 12 discípulos eram pessoas humildes, iletradas, cheias de defeitos e falhas de caráter. Possivelmente aqueles homens sem pedigree fossem os menos prováveis para ocupar cargos de liderança em uma empresa. Mas foi com essa turma de “matutos” que Cristo estabeleceu as bases de Sua igreja.
A Bíblia afirma que, antes de Jesus escolher os Doze, Ele passou uma noite inteira em oração. Perceba o cuidado que o Mestre teve ao chamar pessoas para a missão “mais importante a que seres humanos já haviam sido chamados” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 13 [19]). Isso indica que as decisões relevantes da vida precisam ser tomadas com os joelhos no chão. É por meio da comunhão com Deus que obtemos as respostas de que tanto precisamos.
Quanto à biografia dos 12 discípulos, há um aspecto interessante. Enquanto alguns são bem conhecidos e até possuem livros na Bíblia, de outros não temos muitas informações. Pedro, André, Tiago e João eram pescadores; Levi Mateus era coletor de impostos; Simão era zelote, ou seja, envolvia-se com um grupo político radical contra Roma; Tomé e Filipe eram incrédulos; Natanael (também chamado de Bartolomeu) possuía uma fé pura; Judas Iscariotes se candidatou para ser discípulo e se tornou o tesoureiro do grupo. No entanto, não sabemos basicamente nada a respeito de Judas Tadeu e Tiago, filho de Alfeu. Quem eram eles? O que produziram? Será que eram eloquentes ou introvertidos? Independentemente do seu currículo, o importante é que foram chamados por Jesus.
Talvez você se lamente por ser um desconhecido, sem carisma, um simples “filho de Alfeu”. Lembre-se, porém, de que para Jesus pedigree e oratória são questões irrelevantes. O que importa mesmo é aceitar o chamado e permitir ser capacitado por Ele.