Sexta-feira
15 de agosto
COBIÇA
Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, [...] nem coisa alguma que pertença ao teu próximo. Êxodo 20:17, ARA

A cobiça é um pecado que se desdobra em muitos outros. Disfarçada sob muitos véus, a cobiça nos atrai com promessas de riquezas, poder e prazeres. Ela sussurra em nossos ouvidos, tentando nos convencer de que a felicidade reside nessas coisas.

Todos os outros mandamentos do Decálogo falam sobre o que devemos fazer ou não fazer. O décimo mandamento, porém, é o único que proíbe algo que antecede o ato: o próprio desejo. Assim, o último dos Dez Mandamentos alcança não só nossas ações, mas também nossas intenções. Cobiçar não é apenas querer ou desejar. É querer o que não se pode ter, o que não é seu por direito.

O encerramento do Decálogo com esse mandamento não ocorre por acaso. Ele é o arremate necessário para a lei, uma lembrança de que os pecados que nos destroem começam na mente. Além do mais, esse é o único mandamento em que a mesma ordem divina é utilizada duas vezes para acentuar sua importância. A cobiça manifesta a condição insaciável do coração humano, que, se não for contido, levará à ruína espiritual e moral.

Se o décimo mandamento fosse observado, os principais males causados à sociedade, como assassinato, adultério, roubo e perjúrio, deixariam de existir. Costumamos dar pouca atenção ao décimo mandamento. Porém, Ellen G. White nos alerta: “A concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida estão controlando até mesmo professos cristãos. Esses estão buscando as coisas do mundo com gananciosa cobiça, e muitos trocarão a vida eterna por lucro não santificado” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 464 [531]). Ela ainda destaca: “Hoje, o pecado predominante na igreja é a cobiça” (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 176 [194]).

Afaste-se desse mal. Quando o veneno da cobiça atacar sua mente, use o antídoto que o apóstolo Paulo recomendou a Timóteo: “nada trouxemos para o mundo nem coisa alguma podemos levar dele. Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Tm 6:7, 8, NAA). Que o contentamento encontrado em Deus anule a cobiça em sua vida.