Quarta-feira
05 de setembro
Colt Magnus
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele. Provérbios 22:6, ARA

Ele era apenas um pontinho preto e peludo atravessando a rua. Achei que, possivelmente, eu o houvesse atropelado. Notei dois homens na esquina com uma placa: “Saco de alimento grátis e quarenta dólares por um cachorrinho.” Naquele momento, fiquei vulnerável. Sobre o assento do carro estavam as cinzas do meu cão, Parra, que eu havia acabado de levar para ser sacrificado por causa de sua idade avançada e enfermidade. Em casa, restava o único irmão de Parra, Independence Day. Mas sobravam só vinte dólares na minha carteira.

Parei para verificar se o cachorrinho estava bem, enquanto um dos homens explicou que não podiam ficar com ele. A próxima coisa de que me lembro foi que eles se afastaram do carro com meus vinte dólares. E dei a partida como a orgulhosa dona de um cãozinho novo e um saco, pela metade, de ração para cães.

Nas semanas seguintes, dei ao cachorrinho de dois meses o nome de Colt Magnus. Cerca de um ano depois, durante uma visita ao veterinário, Colt se comportou mal, tornando-se agressivo. Fiquei perplexa e conversei longamente com o veterinário. Ele achou que Colt, provavelmente, tivesse sido muito maltratado antes que eu me tornasse a sua dona. Digamos, simplesmente, que Colt revelava alguma reação social quando estranhos se aproximavam. O veterinário me perguntou o que eu planejava fazer com ele.

Atualmente, Colt é um saudável cão de quatro anos de idade, preto brilhante, com 18 quilos. Ele ainda tem alguns problemas, vez ou outra. Contudo, aprendi muita coisa ao ensiná-lo. Por exemplo, devo ter gentileza nas mãos e uma voz calma, porém firme. Se eu agir de modo abrupto ou lhe der um tapinha inesperado, ele passa a ficar com medo.

Colt já aprendeu que o fato de eu estar aborrecida significa simplesmente que ele precisa fazer algo de modo diferente. Ele sabe, agora, a diferença entre agir com raiva e agir com amor. Às vezes, eu só olho para ele e ergo uma sobrancelha. Ele se senta, pende a cabeça e parece triste por seu mau comportamento.

Esse processo de treinamento me faz pensar em nosso Pai celestial. Quando cometemos erros e O procuramos em busca de perdão, Ele, de modo amoroso e cuidadoso, nos corrige com bondade. Paciente, Ele nos mostra o que precisamos mudar. Não fala de modo ríspido e não grita; em vez disso, fala palavras de correção e orientação – com amor. Sou muito grata por esta oportunidade de aprender.

Mary E. Dunkin