Há vários anos, trabalhei em uma pequena comunidade ao norte de Ocala. A viagem de 35 quilômetros para ir e o mesmo tanto para voltar não parecia longa, porque eu ouvia boa música e a Bíblia em áudio. Na maioria das manhãs, assisti a um espetacular nascer do sol. A estrada me levava por uma densa região de grandes carvalhos. Admirava os troncos gigantes e as impressionantes copas formadas a partir de seus ramos abertos e espalhados. Em um lugar ao longo da estrada, pelo menos quarenta carvalhos gigantes estavam assentados em aproximadamente três hectares de terra. Fiquei maravilhada com a idade e o porte nobre. Sem contar por quanto tempo haviam ocupado a região. Parecia que nada poderia movê-los ou machucá-los.
Certo ano, no fim de outubro, a ameaça da aproximação de um furacão fechou as escolas por alguns dias. Depois que a tempestade passou, eu dirigia lentamente por causa dos detritos que cobriam as estradas. Vi, espantada, a devastação causada pela tempestade. Várias árvores e ramos foram espalhados sobre estradas e cercas de fazenda. O poder da destruição era visível em todos os lugares.
Procurei as minhas árvores favoritas para ver como elas haviam se saído, mas não as vi. Pensei que tivesse passado por elas sem notá-las, observei atentamente ao retornar do trabalho. E então eu as vi: aquelas que uma vez foram árvores gigantes magníficas estavam deitadas no chão. Chocada com aquela cena difícil, fiquei me perguntando como aquelas árvores gigantes tinham sido quebradas com tanta facilidade. Após uma observação mais atenta, notei que a maioria das árvores era escura por dentro, muitas delas eram cheias de buracos. Do lado de fora, elas pareciam fortes e magníficas, mas por dentro estavam podres. Então, quando a tempestade chegou, as derrubou com facilidade.
Enquanto estava pesarosa pelas gigantes caídas, comecei a pensar nas pessoas. Na maioria das vezes, nós, assim como as árvores, parecemos bem no exterior – bem vestidos, trabalhando na igreja, expondo o nosso melhor para que os outros vejam. Mas, com o que nos parecemos no interior? Temos manchas podres que crescerão ainda mais se não forem cortadas em breve? Somos espiritualmente fortes o bastante para resistir a qualquer tempestade da vida que possa nos ameaçar? Seremos resilientes quando Satanás enviar a tentação? Somente tendo Deus como nosso jardineiro podemos ter certeza de que seremos fortes o bastante para sobreviver às tempestades da vida.
Zlata Sabo