Costuma-se confundir condenação e exortação. Talvez, para o emissor, seja exortação, mas para quem recebe a mensagem seja uma condenação ou mau julgamento. Qual a diferença entre exortação e condenação?

Condenação é uma sentença ou decisão definitiva proferida pelo juiz, reconhecendo a culpa de alguém. Ao exercê-la entre nós podemos ter um propósito equivocado e destrutivo.

Exortação significa admoestar, advertir, avisar, aconselhar, rogar… Biblicamente, ela tem um propósito espiritual. Assim, dependendo da situação, exortar implica ensinar alguém a obedecer a Jesus, aconselhar quem está com dúvidas ou precisa de direção, motivar quem está se sentindo deprimido ou desiludido, consolar quem está triste ou sofrendo, ajudar quem está em dificuldade e repreender quem está fazendo coisas erradas e precisa se arrepender.

De acordo com o verso de hoje, referindo-se a líderes, Ellen White diz: “Muitas vezes as pessoas têm ódio daqueles que pregam a Palavra de Deus com fidelidade e condenam o pecado. Sem querer suportar a dor e o sacrifício necessários à correção, elas se revoltam contra os servos do Senhor e denunciam as repreensões deles como inoportunas e severas. Semelhantes a Corá, declaram que o povo não está em falta e que o verdadeiro problema é quem está repreendendo. E, para acalmar a consciência com mentiras, os que alimentam o ciúme e se sentem ofendidos semeiam a discórdia na igreja e enfraquecem as mãos daqueles que trabalham para seu crescimento” (Patriarcas e Profetas, p. 404).

A exortação não é trabalho exclusivo dos líderes. A Bíblia diz que devemos exortar e edificar uns aos outros.

O objetivo da exortação é ajudar o outro, em amor, a seguir Jesus fielmente. Porém, é preciso estar em sintonia com a vontade de Deus, para que o emocionalismo não transforme exortação em troca de ofensas.

Davi, Herodes, Jezabel, Manassés e Pedro foram exortados. Uns se humilharam e se arrependeram. Outros endureceram o coração e se entregaram ao diabo.

Você já foi exortada? Aceitou a exortação, ainda que dolorosa, ou preferiu dizer que a estavam condenando? Será que algum dia você condenou alguém sob o pretexto de estar exortando? Reflita seriamente sobre isso.