Segunda-feira
14 de setembro
Confiando nas promessas do Senhor
Não fui Eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar. Josué 1:9

Desde que casamos, meu esposo e eu decidimos que jamais recusaríamos algum chamado de Deus para servi-Lo. Em 2001, estávamos no sexto ano de ministério pastoreando um distrito em Piura, no Peru. Tínhamos uma filha de dois anos e meio, a Grace, e eu estava grávida de sete meses do nosso bebê Daniel.

Certo dia, meu esposo me perguntou se estava tudo bem comigo, com a nossa filha e se eu sentia que a gravidez estava bem. Preocupei-me com a quantidade de perguntas achando que, depois dos questionamentos, viria uma notícia desagradável. Então pedi que ele falasse logo sobre o que estava acontecendo. A resposta foi um silêncio e, após uma profunda respiração, ele me contou que estávamos sendo chamados para o Brasil. Na hora, gritei de alegria. Afinal, recusar um chamado nunca fez parte dos nossos planos.

Tínhamos que estar o quanto antes em nosso novo campo missionário na cidade de Marabá, no Pará. Ao chegarmos lá, tudo era diferente do que imaginei: estrutura da cidade, o clima, a cultura – sem falar do idioma. Fiquei assustada com a nova realidade.

Passaram-se os dias, e nosso bebê adoeceu. Sem médico especialista na região, a situação dele só piorava. Partimos, então, para a capital. Como minha filha era pequena, não podia ficar comigo no hospital. Uma família gentilmente cuidou dela.

Atendidos no Hospital Adventista de Belém, o tempo passava, e ninguém descobria a enfermidade do meu filho. Para descartarem qualquer probabilidade de infecção, decidiram realizar os exames em mim até encontrarem o problema. O médico que me avaliou me encaminhou imediatamente para a cirurgia, sem dar tempo nem mesmo de avisar meu esposo. Havia sido solicitada uma cirurgia de emergência para paciente com risco de vida. Eu não entendia, pois me sentia saudável. O médico percebeu meu espanto e disse: “Não sei qual é o plano de Deus para você, mas acredite, qualquer outra das minhas pacientes, com esses resultados, não estaria mais viva.”

Diagnosticaram em mim uma infecção muito grave que passava para meu filho ao amamentá-lo. Quinze dias depois, com todos os cuidados médicos necessários, recebemos alta e retornamos a Marabá. Confesso que, durante alguns momentos, eu me perguntei o que estávamos fazendo naquele lugar e o que Deus estava preparando para mim. Pude entender que Ele havia me colocado ali não somente para cumprir um chamado, mas para me fazer crescer espiritualmente e confiar plenamente em Seu poder. Estar naquele lugar representou a salvação da minha vida e a do meu filhinho. Louvado seja Deus!

Judith Adriana Tacilla Bolivar