Terça-feira
14 de abril
Conhecendo meu anjo
Porque aos Seus anjos Ele dará ordens a seu respeito, para que o protejam em todos os seus caminhos. Salmo 91:11

Era uma manhã como outra qualquer. Tomei o desjejum e saí rápido para poder brincar com a minha bicicleta. Minha mãe apareceu e disse para eu não sair da garagem de maneira alguma, pois ela estaria no banho e sabia que ali eu estaria segura.

Naquele dia, alguns homens estavam cortando uma árvore que ficava logo acima da nossa casa. Meu pai estava no serviço, e minha irmã mais velha, tomando o desjejum.

De repente, ouvimos um estrondo. Assustada, minha mãe saiu do banho e correu para saber o que tinha acontecido. Minha irmã chorava assustada com o barulho e sem saber de onde ele tinha vindo.

Para surpresa da minha mãe, quando saiu na garagem, ela viu a cena. Uma tora de árvore havia caído sobre a garagem, ocasionando a perda total de nosso carro.

Naquele momento, minha mãe começou a gritar meu nome. Enquanto ela gritava, o jardineiro veio e pediu à minha mãe que mantivesse a calma. Ele imaginava que eu não estivesse mais viva. Provavelmente eu estivesse embaixo daquele tronco maior, pois ele viu a tora vindo em minha direção. Quando largou a máquina de cortar grama e saiu correndo para me salvar, não chegou a tempo.

A tora havia moído o cortador de grama. Naquele momento, para desespero da minha mãe, eles começaram a tentar empurrar a tora para me encontrar. Minha mãe gritava o meu nome, mas não havia nenhuma resposta.

Conheça agora a minha versão da história: Eu estava brincando na garagem, tranquilamente, quando um homem se aproximou. Ele me passou muita confiança. Quando perguntou se podia empurrar minha bicicleta bem rápido, prontamente aceitei. Era um costume do meu pai fazer isso. Saí feliz da vida para trás de casa.

Ouvi o barulho e os gritos de minha mãe, mas não queria aparecer, pois temia sua reação por causa de minha desobediência. Minha vizinha, porém, me entregou. Para minha surpresa, mamãe começou a gritar que eu estava viva. Não entendi nada. É claro que eu estava viva… Assim, tive que voltar e pedir desculpa à minha mãe.

Mamãe começou a agradecer a Deus, e eu fiquei sem entender nada.

Ainda me lembro daquele homem. Ninguém o viu, somente eu. Tenho certeza de que era meu anjo e que no Céu terei a oportunidade de saber detalhes daquele milagre e do livramento que Deus me concedeu.

Karin Moroz de Azevedo