Abrão já estava em idade avançada e ainda não era pai. A promessa divina de que dele procederia uma grande nação parecia fracassada. Perturbado pelas circunstâncias, ele questionou o Senhor a respeito da promessa sobre a sua descendência (Gn 15:2, 3).

Para garantir Sua palavra, Deus pediu a ele que tomasse alguns animais e os dividisse ao meio (Gn 15:9, 10). Depois, Deus Se moveu entre os pedaços daqueles animais e firmou um pacto com Abrão (Gn 15:17, 18). Para nós, essa cena parece estranha. Entretanto, eventos como esse tinham um significado profundo no Antigo Oriente.

Naquele tempo, não havia cartórios ou advogados para firmar acordos entre as partes. Os tratados eram feitos por meio da partição de animais. O ato de caminhar entre as metades separadas das vítimas simbolizava que o mesmo aconteceria com aquele que quebrasse o pacto estabelecido.

Na história de hoje, apenas Deus passou entre os animais divididos. Com isso, Ele quis dizer que, se a aliança fosse quebrada, a punição cairia sobre Ele, o garantidor do concerto. Por meio desse ato, a graça foi levada ao extremo!

Deus realmente cumpriu Sua promessa feita ao patriarca. Ele também cumpriu Sua promessa de salvação quando enviou Seu Filho para morrer pelas nossas transgressões, como uma ovelha muda levada ao matadouro. Fez o que os seres humanos não poderiam fazer por si mesmos. A fidelidade de Deus é incondicional. Como disse o apóstolo Paulo: “Se somos infiéis, Ele permanece fiel, pois não pode negar a Si mesmo” (2Tm 2:13). Em outro lugar, o apóstolo disse que “onde foi ressaltado o pecado, transbordou a graça” (Rm 5:20).

Jamais compreenderemos plenamente a misericórdia divina, pois, como escreveu Ellen G. White: “A cruz de Cristo será a ciência e o cântico dos remidos por toda a eternidade” (O Grande Conflito, p. 539 [651]). Se o tempo está passando e você ainda não viu a concretização da promessa de Deus em sua vida, confie. Ele nunca falha.