Segunda-feira
07 de agosto
CONTROL-C DE CRISTO
Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo. 1 Coríntios 11:1

Por que bocejamos ao ver alguém bocejar? Por que sentimos “vergonha alheia” quando vemos uma pessoa passando por situação vexatória? A resposta para essas perguntas está em nossa cabeça, mais precisamente no córtex frontal inferior. Nessa região temos os chamados neurônios-espelho, que são células “maria-vai-com-as-outras”, especialistas em copiar. 

Cientistas italianos descobriram na década de 1990 que a simples observação de ações dos outros é capaz de ativar as mesmas regiões no cérebro do próprio observador. A percepção visual inicia uma espécie de simulação ou duplicação interna dos atos vistos. Ou seja, quando vemos alguém fazendo algo ou experimentando uma emoção, nossa inclinação natural é reproduzir a mesma coisa. 

Os seres humanos têm a forte tendência de alinhar seu comportamento com o dos outros. A imitação facilita as interações sociais, aproxima as pessoas e promove o cuidado mútuo. Os bons imitadores também são bons em reconhecer emoções em outras pessoas, o que, por sua vez, pode gerar maior empatia. 

É saudável ter compaixão das pessoas e empatia para com o sofrimento delas. No entanto, quando o sofrimento alheio passa a nos afetar a ponto de deixarmos de viver a própria vida, é preciso reavaliar esse comportamento. Cada indivíduo tem sua personalidade, sua maneira de pensar, sentir e agir. Reconhecer os limites é requisito fundamental para uma vida saudável, inclusive no âmbito espiritual. 

Ellen White escreveu: “Somos transformados pela contemplação – essa é uma lei, tanto da natureza intelectual quanto da espiritual. A mente vai se adaptando aos assuntos com os quais se ocupa. Vai assimilando aquilo que está acostumada a amar e reverenciar” (O Grande Conflito, p. 462 [555]). 

O que você tem imitado das outras pessoas? Coisas boas ou ruins? O apóstolo Paulo nos convida a ser seus imitadores, assim como ele foi de Cristo. A palavra grega traduzida como “imitadores” é mim?tai, plural de mim?t?s, da qual deriva o termo “mímica”. De uma forma muito corajosa, Paulo nos chama a seguir seus passos e a imitar seu exemplo, afinal ele sabia que era um verdadeiro seguidor de Jesus. Você aceita o convite?