Em minha prática de aconselhamento, costumo lembrar às pessoas que o verdadeiro controle vem de dar liberdade. Deus nos criou livres e devemos resistir aos esforços de outros para nos controlar. Essa resistência também foi incorporada para nos capacitar a resistir à tentação. O curioso é que usamos esse recurso para resistir e nos libertar daqueles que gostariam que fizéssemos as coisas do jeito deles e pensássemos como eles. Mensagens fortes de não aceitação ou desaprovação às vezes são comunicadas a nós quando não pensamos ou nos comportamos da maneira que eles querem. O medo, a ira, as ameaças de dor física ou emocional, ou a falta de amor contaminam a alegria que Deus reservou para nós.
Assim, quando concordamos com esse contexto e fazemos o que a outra pessoa nos exorta a fazer, não somos mais motivados pelo amor, mas pelo medo. Tememos perder um relacionamento ou a conexão com a outra pessoa. Quando nos sentimos presas ou encurraladas, o ressentimento começa a deteriorar essa relação. Isso é igualmente verdadeiro se somos a parte que tenta controlar.
A concepção de Deus é que o verdadeiro controle ocorre somente quando a liberdade de escolha está disponível. Só então a alegria substitui o medo. A proximidade não pode ser forçada ou coagida. Proximidade é o que todos os seres humanos mais desejam.
Como a vida seria diferente se, em vez de tentar controlar os outros, déssemos a eles a liberdade que nós mesmas valorizamos tanto. O estresse e a frustração evaporariam se implementássemos os princípios de Deus em nossas relações íntimas com familiares e amigos. Toda a energia desperdiçada ao tentar controlar – ou resistir ao controle – seria liberada para gerar entusiasmo, apego e amor. Imagine um mundo cheio das maravilhosas criações que fomos projetadas para ser! Que privilégio!
E como o mundo seria diferente se expressássemos o que sentimos, declarando nossas opiniões em tons calmos, gentis e carinhosos. E se tivéssemos o privilégio de ser nós mesmas?
Controle só gera controle. Somente quando um ser humano recebe a liberdade de escolha para dar amor e respeito, os comportamentos amorosos e respeitosos podem ser correspondidos.
Que paradoxo – para ter controle, devemos estar dispostas a dar liberdade!
Arlene West McFarland