Domingo
30 de março
Coração alegre – 1
Digo mais a vocês: todo aquele que Me confessar diante dos outros, também o Filho do Homem o confessará diante dos anjos de Deus. Lucas 12:8

Meu coração quase parou. Agarrei o volante com mais força quando comecei a descer a ladeira Smoky River. Por meio do Espírito Santo, Jesus me fez ver que meu filho teria um “papel significativo” quando o tempo neste mundo se aproximasse do fim. Sonny é meu filho autista, nascido em 19 de junho de 1986, em Grande Prairie, estado de Alberta, no Canadá. Eu estava dirigindo para casa naquela noite em particular, depois de uma conversa franca e intensa com o pastor Dan. Eu havia dividido com ele algo que só tinha compartilhado com “pessoas selecionadas”. Na
escola, tinha que estudar e me esforçar muito para tirar boas notas. Ter meu nome no quadro de honra significava muito para mim. Precisava desse reconhecimento para ajudar a melhorar minha baixa autoestima, que era resultado de um abuso sexual aos seis anos de idade.

Percebi que, quando mais precisamos, Deus nos envia lembretes de que Ele está conosco nos desafios da vida. Ele fez isso por mim naqueles anos difíceis.

Quando Sonny tinha três anos de idade, ele sobreviveu a uma emergência médica. Eu sabia que os anjos da guarda estavam protegendo minha família. Ainda assim, eu tinha a incômoda sensação de que o inimigo queria matar meu filhinho. Dedicamos Sonny a Jesus num sábado, em 25 de novembro de 1989. Quase três meses depois, em 9 de fevereiro de 1990, Sonny caiu da escada do porão e fraturou o crânio. Falaram muitas coisas ofensivas para nós. Um vizinho até insinuou que eu havia machucado meu filho. Eu sentia como se estivesse sendo levada ao meu limite emocional. Três meses depois, escrevi meu primeiro artigo e, em seguida, dezenas de outros artigos. Quando parecia que o inimigo estava atacando meu filho – especialmente à noite –, eu o embalava para dormir, cantando canções para ele. Essa lembrança alegrava meu coração.

Em meados de julho, senti que o Senhor estava me instruindo a ir ao hospital para “dar um tempo” muito necessário e obedeci. Enquanto estava lá, compartilhei cópias dos meus escritos e testemunhei sobre Jesus. A permanência de duas semanas na ala psiquiátrica foi uma experiência que nunca mais quero repetir. No entanto, mesmo durante esse período, Deus me mostrou que estava comigo. Na verdade, nenhuma situação está além de Sua atenção, Sua ajuda ou Seu amor.

Deborah Sanders com Lila Bailey Romp