Sexta-feira
10 de janeiro
Coração de criança
Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos de Deus. 1 João 3:1

Em um belo dia de verão, eu e meus dois filhos saímos de casa rumo a uma cidade do interior do Pará. Nossa intenção era ajudar uma querida amiga que tinha acabado de se mudar.

Perto das 11 horas da manhã, meu filho mais velho entrou na sala da casa com um passarinho machucado nas mãos. Meu filho caçula, com um olhar de admiração para o irmão, festejava por ter encontrado um animalzinho. Foram algumas horas de cuidados, mimos e alegria. Logo chegou o momento de voltarmos para casa. Durante a viagem de volta, nosso carro virou um pedacinho do Céu. Os meninos cantavam, brincavam e agradeciam a Deus por enviar um presentinho para eles.

Como era sexta-feira, eu precisava passar no supermercado perto de casa para comprar algumas frutas. Descemos até estacionamento, e meu filho mais velho ficou responsável por cuidar do animalzinho enquanto fazíamos as compras. Ele colocou o passarinho em cima do carrinho. Meu filho mais novo foi pegar o bichinho, mas o fez com muita força. Em uma fração de segundos o passarinho morreu.

Eu nunca tinha passado por uma situação como aquela. Percebi que estava totalmente despreparada para aquele momento. Entre gritos e lágrimas, meu filho mais velho começou a acusar o menor de ter assassinado aquela criaturinha de Deus. Vendo a situação, pensei em como Deus ama inocentes e culpados. Algo que para mim era tão difícil de compreender passou a ser muito simples.

Ao chegarmos em casa, meu filho mais velho correu para o quarto e fechou a porta. Senti vontade de forçá-lo a abrir, mas o Espírito Santo me convenceu a apenas esperar. Depois de alguns minutos, bati à porta e pedi para ele abrir. Quando isso aconteceu, perguntei o que ele estava fazendo. Com uma voz calma e com o rostinho coberto de lágrimas, ele me respondeu:

– Mamãe, eu estava conversando com Jesus.

Naquele momento, fiz uma retrospectiva e percebi que, com o susto, eu havia me esquecido de elevar minhas súplicas a Deus enquanto meu filho, de apenas sete anos, não se esqueceu de correr para os braços Dele.

Querida amiga, ser mulher é um desafio diário, e, em muitos momentos, não nos sentimos preparadas. Mesmo assim, nunca se esqueça de correr para os braços de Jesus. Ele tem o consolo do qual você precisa.

Léia Guimarães Costa