A raiz da amargura cresce silenciosamente no solo do coração ferido. Em geral, a primeira reação característica da natureza humana diante da injustiça é o desejo de vingança. Nesses casos, a dor é remoída por dias e dias. A amargura obriga quem a sente a manter um registro detalhado de tudo o que lhe aconteceu de ruim.
Esse tipo de sentimento pode nos excluir da graça de Deus. Nenhum de nós vai querer ficar longe da misericórdia de nosso amoroso Pai, não é mesmo? Jesus disse que somos perdoados na proporção em que perdoamos.
A outra coisa que Paulo diz é que a amargura não é um assunto particular. Ela contamina o ambiente. A pessoa amargurada não tem outro assunto, a não ser o objeto de sua mágoa. Tudo o que falamos nessa situação afeta as outras pessoas.
O apóstolo diz também que a amargura tem raízes. Se você não cortar o mal pela raiz, ela vai brotar qualquer dia desses. Se as raízes da amargura não forem arrancadas, elas brotarão mais fortes do que nunca. E vão se espalhar com rapidez. Em Efésios 4:31, Paulo diz que o ciclo da amargura se espalha assim: indignação, ira, gritaria, calúnia e maldade.
A indignação é o ponto de partida. Se o problema não se resolve logo, a temperatura sobe e a ira “justa” surge como reação pela ofensa recebida. Quando se parte para a gritaria, é porque já se perdeu o controle da situação.
A calúnia, no entanto, é uma tentativa de devolver o que o outro fez, procurando atingir sua reputação. E, quando se chega a essa etapa de maldade, o coração está bem contaminado. Quem quer viver num ambiente desses?
Paulo diz que o único jeito de eliminar a raiz da amargura é o perdão. A cura pode acontecer se tivermos a coragem de perdoar. Jesus ensina: “Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoe-lhe” (Lc 17:3). Faça isso. Você não vai querer ficar longe da graça de Deus, não é mesmo?