Na África, uma das formas de capturar macacos é colocar um coco dentro de uma cumbuca e deixá-la em um lugar de fácil acesso aos animais. O coco passa bem apertado na boca da cumbuca; quando, porém, o macaco põe a mão no local e agarra a fruta para retirá-la, não é possível sair a mão e o coco juntos. Em geral, os macacos não soltam o coco e, presos na cumbuca, são capturados facilmente pelos caçadores.
Dessa prática surgiu o ditado “macaco velho não põe a mão em cumbuca”. Soltar o fruto é tudo o que o animal precisa fazer para escapar da morte, mas ele “prefere” morrer a largar o coco. Não critique o macaco; ele é irracional. Preocupante é o fato de muitas pessoas perderem a vida física e a espiritual de maneira semelhante.
O provérbio de hoje nos apresenta dois grupos de pecadores que estão em situações opostas. O primeiro grupo é formado pelos que, diante da graça de Cristo, tomam boas decisões na vida, abandonam o pecado, lutam contra as tendências ruins e vencem em nome de Jesus. O outro grupo é formado por aqueles que se entregam aos desejos carnais sem a mínima resistência e caem nas garras do inimigo.
O que tem aprisionado as pessoas hoje? A lista é tão grande que não caberia nas muitas páginas deste devocional. Mas vamos pensar sobre algumas que estão bem próximas de nós. Muita gente tem posto a mão na cumbuca do amor ao dinheiro, fazendo das riquezas o sentido da vida. Alguns se agarram aos prazeres sexuais ilícitos e não os largam até sofrerem as inevitáveis consequências do pecado.
Outras pessoas estão presas nas garras da inveja e vivem amarguradas porque gostariam que o vizinho ou colega de classe, por exemplo, não tivesse o carro ou o computador que tem. Há ainda aqueles que estão presos às drogas lícitas e ilícitas e só se libertarão quando não puderem mais viver. Infelizmente, mesmo avisadas, muitas pessoas escolhem continuar presas a sentimentos ruins e a tendências herdadas e adquiridas.
A morte de Jesus na cruz do Calvário, no entanto, garante que ninguém precisa estar condenado a morrer agarrado ao pecado. Ele nos libertou e garantiu a vitória contra o mal. Portanto, larguemos o pecado e nos agarremos firmemente na graça de Cristo. Com Ele, a liberdade está garantida.