Domingo
03 de setembro
DAR A OUTRA FACE
Eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra. Mateus 5:39

No Sermão do Monte, Jesus apresenta os princípios do Seu reino, bem contrários aos padrões apresentados pelo mundo. Em vez de violência e vingança, o Mestre da vida defende a paz e o perdão. Cada palavra de Jesus é um convite para lançar no chão as armas produzidas pelo orgulho. 

Àqueles que foram feridos, Jesus lhes ensina a oferecer a outra face ao inimigo. Por quê? Não seria mais fácil executar justiça e “resolver a situação” na hora, concedendo a devida retaliação? Para o justo Juiz, essa estratégia não funciona, pois só favorece o espírito de ódio. Quem busca a vingança traz prejuízo a si, ao outro e ao mundo. A Bíblia diz: “‘Não por força nem por violência, mas pelo Meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6). 

De acordo com os psicólogos, a violência não nasce da força, mas sim da fraqueza. O indivíduo fraco pensa apenas em si mesmo, fere os outros para se defender e depois foge para se proteger. O homem forte não. Ele é capaz de perdoar e dominar a si mesmo, impedindo que a tragédia da violência se estabeleça em uma relação. 

No entanto, Jesus não está dizendo que dar a outra face significa sofrer de forma gratuita ou se expor passivamente diante de qualquer atitude violenta. Nada disso! Cristão não é capacho e muito menos masoquista. Uma coisa é sofrer por causa do evangelho, outra coisa é sofrer sem explicação plausível ou de forma desproporcional. O próprio Jesus questionou o soldado que Lhe bateu no rosto: “Se Eu disse algo de mal, denuncie o mal. Mas se falei a verdade, por que me bateu?” (Jo 18:23). Perceba: Jesus questionou a violência, mas não a revidou. 

Os estudiosos dizem que uma bofetada no lado direito do rosto significava um insulto ou injúria. Portanto, dar a outra face significa não revidar na mesma proporção. Se você deseja fazer a vontade de Deus, não alimente o espírito de vingança. Em vez de guerra, busque a paz. Em vez de bate-boca, procure reconciliação. Se tiver que fazer justiça, faça do jeito certo. E lembre-se sempre do conselho bíblico: “A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira” (Pv 15:1).