Mesmo com tanta tecnologia disponível, é impossível contar todas as estrelas. Os astrônomos e estudiosos do Cosmos falam em mais de 200 bilhões de estrelas na Via Láctea e afirmam que em uma noite de céu estrelado podem ser vistas cerca de três mil. A maior de todas, Epsilon Auriga, está a 465 anos-luz de distância e é 1.278 vezes maior que o Sol. Centauro é a mais próxima de nós, a 4,2 anos-luz, ou seja, 40 trilhões de quilômetros.
Na Via Láctea existem algumas estrelas enormes, chamadas de hipergigantes. Se o Sol emitisse a luz de uma lanterna, a hipergigante seria igual a um milhão de lanternas acesas. Se fosse uma formiguinha lava-pé de 1,5 milímetro, a hipergigante seria um elefante de três metros. Se o Sol fosse um bebê de três quilos e meio, a hipergigante seria um homem de 140 quilos. Depois de somar toda a matéria contida nas estrelas, galáxias, planetas e cometas, e nos bilhões de corpos celestes, o que se conseguiu ver não passa de 1% de tudo o que existe lá fora. Os 99% restantes são compostos de matéria invisível, ou seja, que não é captada pelos telescópios.
Em uma noite sem nuvens é possível contemplar alguma coisa do 1% que pode ser visto daqui. Confira as dicas do astrônomo amador Carlos Alberto Colesanti, que há mais de 12 anos pratica a arte de admirar o céu:
1. Adquira um mapa celeste para localizar as constelações; 2. Acostume-se a reconhecer o céu a olho nu. Longe das grandes cidades é melhor; 3. Comece com um binóculo 7 x 50 (50 mm de abertura e sete aumentos); 4. Leia livros básicos sobre o assunto; 5. Só depois que seu olho estiver bem treinado, compre um telescópio ou luneta; 6. Tenha paciência e perseverança.
O verso de hoje é um convite de Deus para sermos astrônomos também. A imensidão do Universo proclama Sua glória e o firmamento de estrelas anuncia que Ele é o Criador de todas elas. Como tal, conhece-as como ninguém, pelo nome de cada uma. Tire um tempo hoje à noite, e se o céu estiver sem nuvens, olhe para cima e contemple-o. Deus falará com você.