É comum nesta época de Natal que as pessoas sejam mais solidárias. Uma atmosfera diferente nos circunda e damos mais atenção ao próximo. Pessoalmente, aprecio muito o Natal, pois esse momento me traz boas recordações de minha infância, quando toda a família se reunia para a ceia. Minha mãe se preocupava com todos os detalhes, além de sempre preparar um jantar delicioso. Mas havia algo que me fascinava: os belos programas que a igreja organizava. Era muito bom estar lá para relembrar o verdadeiro sentido do Natal: Deus conosco.
O evangelho de João descreve a encarnação de Cristo de forma deslumbrante. Ao utilizar o verbo “habitar”, do grego sk?no?, que significa literalmente “tabernacular”, o apóstolo quis dizer que o Homem-Deus fez “morada” entre Seu povo. Ao comentar sobre isso, John Stott disse: “Não resta a menor sombra de dúvida de que havia uma ‘identificação’ do Filho com o mundo para o qual Ele foi enviado. Ele não permaneceu no Céu; veio ao mundo. A Palavra não foi proferida do Céu; a Palavra tornou-Se carne. E a seguir Ele viveu entre nós. Ele não veio para uma visita rápida nem Se apressou em voltar para o Seu lar. Ficou no mundo para o qual veio. […] Ele assumira a nossa natureza. Assumiu as nossas transgressões, a nossa condenação, a nossa morte. Sua autoindentificação com o homem foi total e completa” (Cristianismo Autêntico, p. 47).
O nascimento de Jesus deve trazer à nossa mente que Deus desceu até nós para construir uma ponte sobre o abismo que o pecado causou entre o Céu e a Terra. E Jesus não apenas restabeleceu essa conexão, mas também provou ao Universo que é possível viver uma vida correta, moldada pela eterna lei do Senhor.
O Natal precisa ser um momento de profunda reflexão para que venhamos a entender o quanto o pecado é destruidor e para enxergarmos, por meio dos olhos da fé, aquilo que Deus deseja fazer por nós. Por isso, a essência do Natal é a esperança, não apenas de paz e felicidade, mas, principalmente, de vida eterna. Quando penso que meu Deus veio a este mundo e Se fez “Deus conosco”, mais eu aprecio o Natal e maior é a minha esperança de que Jesus voltará!
Jorgeana Alves Longo