Deitada na cama hospitalar, não podia acreditar no que acabava de ouvir:
– Você teve um ataque cardíaco.
Não houve advertências reconhecíveis. Não tive hipertensão. O colesterol estava um pouco alto, mas não precisava de medicação. Pensava que estava tudo bem. Então aconteceu. Eu me preparava para fazer algo para minha mãe, e as dores no peito me atingiram. Pressão. Aperto. Desconforto no pescoço e no ombro. Aferi a pressão. O visor mostrava 20/10. Eu disse: “Isso não pode estar certo. Eu não tenho pressão alta.” Esperei alguns minutos antes de fazer uma segunda leitura no outro braço. Dessa vez, ele leu 20/9. Algo estava errado.
Avisei meu esposo, que estava trabalhando embaixo de seu caminhão.
Ele correu comigo para o hospital. Claro, era tudo novo para nós. Graças a Deus, eu me lembrei de orar: Eu não quero morrer. Mas, se essa for a Tua vontade, então será a minha também. A caminho do hospital, não tive medo nem entrei em pânico. Apenas orei, agradecendo a Deus pelas Suas ricas bênçãos e pedindo perdão pelos pecados.
Após muitos exames e consultas, fui diagnosticada com infarto do miocárdio, ou seja, um ataque cardíaco. O pessoal da sala de emergência me transportou para o hospital cardíaco mais próximo, onde fizeram o agendamento para o cateterismo. Esse procedimento revelou que não havia artérias bloqueadas, nem danos ao coração. Louvado seja Deus!
O médico explicou que, possivelmente, eu havia tido um espasmo. Já estava bem e podia voltar para casa. Meu estado de saúde era ótimo.
Então qual o propósito daquele ataque? Romanos 8:28 afirma: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que O amam, dos que foram chamados de acordo com o Seu propósito.” O ataque cardíaco serviu como um alerta para eu priorizar minhas responsabilidades e diminuir a velocidade.
Lembro-me de que, deitada no hospital, sexta-feira à noite, quando tudo estava quieto, refleti sobre como Deus havia me separado naquele lugar calmo para conversar comigo sobre a oração e a sua importância em minha jornada diária. Talvez esse fosse o propósito por trás daquele ataque cardíaco.
Nosso amoroso Salvador nos acalma algumas vezes, para que reflitamos sobre o Seu amor por nós.
Sylvia Giles Bennett