Quarta-feira
12 de abril
Deus disse não
Porque Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16

Eu havia ansiado pela chegada desse dia – o dia em que eu daria à luz. O CD com instruções sobre o parto tinha me preparado para essa experiência. O quarto do bebê estava pronto. Minha mala estava pronta para ser levada ao hospital. Havia pessoas solidárias que me amavam e apoiavam. Era o dia perfeito para dar as boas-vindas ao meu presentinho prestes a chegar.

Então começou a primeira dor do trabalho de parto. Ai! A parteira do curso pré-natal avisara que as contrações ficariam mais fortes. Preparei-me, respirando e orando entre elas, enquanto íamos ao hospital. A essa altura, as contrações já eram regulares, mas minha dilatação era de apenas um centímetro. Faltavam nove!

Depois de várias horas doloridas, e não muita dilatação mais, a parteira sugeriu que eu fosse levada da sala de parto para a ala pré-natal. A médica responsável não concordou com ela e insistiu para que eu permanecesse na unidade de parto, onde ela poderia monitorar o progresso do bebê. A parteira falou em voz alta aos colegas que eu ainda não estava pronta para dar à luz. Nesse momento, a agonia era tanto física quanto emocional, e me senti como se eu fosse um fardo na unidade de partos, quando deveria estar em outro lugar. Minha família e amigos continuavam orando por mim, enquanto eu me perguntava se as dolorosas contrações acabariam em algum momento.

Enquanto isso, meu filho não nascido estava sofrendo. Havia engolido mecônio (matéria fecal que se acumula e é liberada do intestino do bebê perto da hora do parto), e seu batimento cardíaco caía a cada contração. As parteiras logo perceberam que a médica estivera certa em sua avaliação, ao me manter na sala de partos. Agora a própria doutora temia pela vida do bebê. Ele podia ter morrido, mas Deus disse “não”. A médica decidiu realizar uma cesariana para resgatá-lo. E o pequeno Jude finalmente chegou!

Ao refletir sobre aquele nascimento milagroso ocorrido sete anos atrás, concluo que, sem uma intervenção de emergência – a morte de Cristo em nosso favor –, nós também estávamos destinados a morrer em nossa própria imundície e pecado. No entanto, Sua Palavra nos garante que Deus, em Seu amor, disse “não”. Ele enviou Seu único Filho para passar por nossa morte dolorosa, a fim de que pudéssemos experimentar o novo nascimento nEle. Respire fundo, hoje, a vida nova que Ele lhe dá.

Xoli Belgrave