Mudar para um novo país pode ser um pouco assustador e bem solitário, mesmo depois de muitos anos. Depois de casar e viver no Sri Lanka por sete anos, ainda havia partes vazias e ocas em minha vida. Eu me vi tentando preencher esse vazio com amigos da igreja, colegas de trabalho no escritório, colegas de classe na Índia e minha melhor amiga na Austrália, mas sem proveito. Algo parecia faltar, e não sabia explicar.
Um dia, enquanto preparava uma discussão para a Escola Sabatina, encontrei um verso que esqueci muitas vezes – o verso que vem depois do famoso “pai para os órfãos e defensor das viúvas” (Sl 68:5). O verso 6 me diz que “Deus dá um lar aos solitários”.
Embora casada com um homem maravilhoso, eu sabia que ele lutava para conseguir estudar e trabalhar, ao mesmo tempo, e ainda manter sua rotina de exercícios. Muitas vezes, ele tinha dificuldade em encontrar tempo para estar comigo, embora tentasse o máximo.
Como cresci em uma família grande, muito unida e divertida, estar agora em uma família de dois parecia repentinamente quieto, embora, sendo um tanto introvertida, eu também apreciasse passar tempo sozinha.
No quinto ano, o último e mais difícil na conquista do meu esposo por um diploma, uma das minhas primas decidiu trabalhar no meu país. Ela se mudou e morou conosco por um ano. Por ela morar conosco, recebemos várias visitas de sua família (e muitos dos amigos dela), e também uma visita da minha mãe.
Foi um ano fabuloso. Minha prima e eu compartilhamos muitos interesses e peculiaridades semelhantes; até nossas carreiras estão em uma área relacionada. Nós cozinhamos juntas. Assistimos a filmes juntas. Cantamos juntas. Montamos nossa árvore de Natal.
Ela voltou para casa recentemente, mas sei que estou melhor por ela ter morado conosco por um ano. Sempre que me sinto sozinha, enquanto oro, tenho a certeza de que Deus está cuidando de mim, porque Ele me ama. Nada pode me separar desse amor. E isso é tudo de que eu preciso.
Cheryl Howson