Ao longo do tempo, a sociedade tem passado por grandes transformações. Enquanto na modernidade imperava o determinismo cartesiano, em que as coisas existiam num ambiente sólido e inabalável, na pós-modernidade o cenário se tornou pantanoso e líquido. O ser humano passou a ser resistente a tudo que possa se solidificar. As relações se tornaram descartáveis e os pensamentos, epidérmicos, superficiais.
Os efeitos dessa mudança são percebidos nas mais diversas áreas, como na literatura, na arte, na filosofia, na arquitetura e na economia. O que vale hoje é a opinião e a interpretação individual dos fatos. Na visão pós-moderna, há várias possibilidades para as mesmas coisas, afinal a verdade e a ordem são relativas. Enquanto o ser humano corre em busca da produtividade e do lucro, impera na sociedade uma constante incerteza.
Como se não bastasse vivermos nesse ambiente fluido, há ainda a questão do prazer. Hoje em dia, as pessoas procuram sensações sem restrição, tudo em nome de uma vida intensa e espontânea. Nem o cristianismo escapou dessa onda hedonista, como se vê em novas liturgias que valorizam o excesso sensorial, degenerando muitas vezes em sensualidade.
Nesse contexto, a religião se encontra fragilizada. As igrejas tradicionais estão cada vez mais vazias, e a Bíblia saiu de cena na vida cotidiana. A secularização trouxe como grave consequência o desaparecimento de Deus da vida pública. À medida que o ser humano se torna um ser de consumo, Deus passa a ser ignorado, o que é uma forma pós-moderna de ateísmo. Em outras palavras, Deus foi “expulso” de Seu próprio jardim!
Os representantes do neoateísmo, como Michel Onfray e Richard Dawkins, combatem a ideia de Deus e da crença no sobrenatural, acusando de fundamentalistas todos que seguem a literalidade do texto bíblico. Por meio das mídias, eles propagam a “crença” de que Deus não pode ser comprovado nem experimentado.
E você, como anda sua fé em Deus? Enfraquecida pela onda do secularismo ou fortalecida pelo “assim diz o Senhor”? Convido você a deixar as areias movediças deste mundo e se firmar na eterna e inabalável rocha, a Palavra de Deus. Essa jamais passará!