A graça me alcança onde estou, mas não me abandona ali. Vai além. Nenhum resgate seria completo se o resgatado não pudesse sair do lugar ou da condição que põe sua vida em risco. Concorda? Aplique essa ideia ao conceito de graça divina. A graça de Deus é a pedra de toque do cristianismo. É a única fórmula que permite salvar o pecador condenado à morte e oferecer-lhe, ao mesmo tempo, libertação e vida eterna. Em outras palavras, só por meio de Cristo – que é o caminho, a verdade e a vida – podemos ter uma segunda chance real diante de Deus, superando os erros e as dificuldades que nos fizeram cair. Trata-se de um dom imerecido que podemos agradecer, mas não conquistar. Ainda que alguém queira ou procure “participar do resgate”, a salvação depende de Jesus, o Autor e Consumador de nossa fé. O que nos salva é o sangue Dele, não o nosso suor. No plano da salvação, a parte que nos cabe é crer, aceitar a dádiva divina e viver pela fé, confiando que, em Jesus, estamos livres da condenação do pecado.

Algumas pessoas, porém, usam o amor de Deus como pretexto para justificar pecados acariciados que ofendem o Senhor. Deus não é inconsequente em Seus sentimentos para conosco, mas um Pai amoroso e comprometido. Por isso mesmo, Ele jamais violará sua liberdade de escolha. Se você escolher a perdição, Deus não o salvará contra sua vontade. Nele, justiça e salvação se combinam de forma perfeita. Deus me aceita do jeito que sou, mas não se conforma com quem sou! Ele me recebe como estou, mas deseja me perdoar, sanar, libertar e transformar. Não importa quem fui ou sou, mas quem me torno ao ser alcançado por Ele! Não importa onde estive ou estou, mas aonde Deus, por Sua bondade, me conduzirá.

Nenhum pecador é realmente um caso perdido enquanto a porta da graça estiver aberta. Em Cristo, somos vencedores. Se não rompermos nosso vínculo de amor com Ele, o inimigo sempre será um perdedor em nossa vida. Não há verdade mais confortadora que esta: “Deus ampara os que caem e levanta todos os que estão prostrados.”